Ó Deus, cria em mim um coração puro
18 de março de 2018“Vocês vão me procurar”
20 de março de 2018Jacó foi pai de José, marido de Maria, e ela foi a mãe de Jesus, chamado Messias. Assim, houve catorze gerações desde Abraão até Davi, e catorze, desde Davi até que os israelitas foram levados para a Babilônia. Daí até o nascimento do Messias, também houve catorze gerações. O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, a sua mãe, ia casar com José. Mas antes do casamento ela ficou grávida pelo Espírito Santo. José, com quem Maria ia casar, era um homem que sempre fazia o que era direito. Ele não queria difamar Maria e por isso resolveu desmanchar o contrato de casamento sem ninguém saber. Enquanto José estava pensando nisso, um anjo do Senhor apareceu a ele num sonho e disse: José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo. Ela terá um menino, e você porá nele o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos pecados deles. Quando José acordou, fez o que o anjo do Senhor havia mandado e casou com Maria.
Jesus não é apenas filho da história dos homens. É o próprio filho de Deus, o Deus que está conosco.
O convite da oração de hoje é a observar o que está à porta, pois é daí que brota a vida… Às vezes não compreendemos porque que as coisas acontecem da maneira que acontece em nossa vida, porque que tem que ser assim?.. É impressionante porque na maioria das vezes não conseguimos perceber as marcas de Deus na nossa história, precisamos que aconteçam catástrofes em nossas vidas para nos sacudir, nos fazer acordar para realidade. Realidade esta que se faz presente a nossa porta todos os dias; Ele vem até nós de varias maneiras; mas não o percebemos por causa do barulho do mundo em nossos corações. Por nos amar de sobremaneira ele nos concedeu o livre arbítrio e faz questão de respeitar a nossa autonomia. Está sempre a porta, mas só entrará se agente permitir.
De geração em Geração a história se repete. E nós onde estamos? José é um exemplo para todos nós de como devemos proceder para não deixar que a nossa “liberdade” sobreponha a vontade de Deus para nossa vida e interrompa o projeto de salvação. Ele era um ser humano como qualquer um de nós e não entendia a situação que estava vivendo, de fato era uma situação complicada, qualquer outro teria agido completamente diferente, ele, porém sempre fazia o que era direito, não queria prejudicar Maria…
A primeira lição que José nos dá hoje é, primeiro, devemos fazer sempre o que é direito; segundo, nas situações é que não sabemos o que fazer a nossa primeira atitude deve ser a de não prejudicamos as pessoas. Se partirmos desses pressupostos o resto o anjo do senhor que nos virá de varias formas nos indicarão o que fazer…
Nesse momento me lembrei do conselho que nos deu o Papa Francisco para vivermos bem esses momentos de dificuldades/dúvidas: “Primeira atitude nunca se desesperar; ficar tranquilo; Depois, buscar uma maneira de superar esta dificuldade, e se não for possível supera – lá; então é necessário suporta – lá; até que então surja a possibilidade de supera – lá… Nunca devemos nos assustar com as dificuldades, nunca devemos entrar em pânico; Somos capazes de superar todas as dificuldades, todas… Precisamos apenas de Tempo para compreender, Inteligência para buscar o caminho e Coragem para seguir em frente!”
De fato foi o que fez José, não se desesperou, ele manteve suas convicções seus valores e ficou “tranquilo” demostrando muita coragem. Ele nos mostra o caminho daquele que nos salva que nos livra de tudo aquilo que pode nos tirar a vida. Hoje somos convidados assim como José a encarar todos os desafios que forem necessários para iniciar uma nova história marcada pelo próprio Deus na pessoa de Jesus Cristo quando nos diz: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo.” (AP 3, 20)
Peçamos a Trindade Santa que nos conceda essa graça; que possamos fazer a experiência única da Fé de Abraão, da transformação ocorrida na vida de Jacó, da fidelidade e obediência de José, da humildade e poder de Maria para acolhermos a palavra de Deus, conservando-a e meditando-a no coração para confronta-la com a nossa realidade, transformando-a através da nossa Fé. Amém.
Agostinho Augusto – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte MG.