O coração de Jesus e a vida plena
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4 de novembro de 2020Terça- Feira (03/11) – 31ª Semana do Tempo Comum
Lc 14, 15-24 – O Banquete do Reino
Leitura: o que o texto diz?
Coloquemo-nos na cena do Evangelho de hoje! Jesus na casa de um dos chefes dos fariseus proclama a Boa Nova. Ele anuncia um novo entendimento sobre o Reino. Todos são convidados, não há exclusivismo. Diferente é a resposta que Deus encontra no coração de cada filho. Ao primeiro grupo da parábola é destinado o convite e o homem está feliz por ter preparado tudo. A resposta de cada um desses grupos são as suas próprias seguranças. Não podem, porque não querem. O Terreno, cinco juntas de bois e o casamento são desculpas. Não há momento e nem desejo para o banquete. Mas o dono do banquete acaba por chamar aqueles que são marginalizados: os pobres, os coxos, os cegos, os aleijados. Ainda há espaço, mas para aqueles que não se deixam converter pelo convite acabará não tendo lugar ao banquete.
Meditação: O que o texto me diz?
Ele me diz que o Reino já é uma realidade aqui, mas é, também, um ainda não! Está a caminho. Como os passos de Jesus nos trouxeram a Verdade, o Caminho e a Vida, teremos que seguir seus passos e preparar a cada dia. Quem anda pelo caminho não se fecha, mas se abre a Graça de Deus, em qualquer circunstância da vida. O Reino é sentido por nós pela vida de Jesus. Por isso devemos nos convertemos todos os dias. Os pobres, os cegos, os aleijados e os coxos são os que recebem o convite par ao banquete, porque estão disponíveis e já não possuem nada a não ser a fé em Deus. A disponibilidade, então, é necessária ao nosso coração, para que Jesus se torne atuante no mundo, pelas obras e pelas palavras. Ele poderia ter escolhido instrumento melhor, mas escolheu a nós. Ele nos chama!
Oração: O que o texto me faz dizer?
A confiar, a entregar e converter. A sociedade exclui, mas Deus inclui seus filhos. Precisamos olhar ao nosso lado e observar onde está o lugar da evangelização de hoje, para jogar a Palavra e apresentar Jesus pela nossa fé. O Papa Francisco nos fala das “Periferias existenciais”. Antes a evangelização se expandia fora de nós, agora ela tem que expandir dentro de cada um de nós.
Contemplação: o que o texto faz em mim?
Re-interpela; Re-significa; convoca. Passamos por momentos de desesperanças e sabemos que nesse tempo da pandemia as pessoas se reuniram em casa e se ajuntaram para este momento. Outros sozinhos, esquecidos na pandemia ou fora dela. No agrupamento em nossas casas, reconheci a minha disponibilidade para ajudar aqueles que amo? Converti meu coração para a escuta daquele que vive comigo e pode ser que não escutava seu grito de ajuda? A disponibilidade acontece dentro do nosso coração e por vários lugares sempre Cristo terá algo a me pedir no outro.
Ação: o que eu posso fazer a partir do texto?
Santo Agostinho dizia: “Eu tenho medo da graça que passa.” A misericórdia de Deus não entra em um coração fechado. Não basta só passar pela Eucaristia é preciso se deixar ser “eucaristizado”, ou seja, deixar Jesus tomar nosso pensamento, nosso viver e todo nosso ser. Quando a Santa Missa acaba nossa missão continua. Jesus te chama!
Pe. Almerindo da Silveira Barbosa – padre da Diocese de Luz-MG, membro da Comissão Bíblico-Catequética do Regional Leste 2