O corpo do Senhor ressuscitado será o novo templo
9 de novembro de 2023A quem entrego o meu coração?
11 de novembro de 202310 de novembro, 6ª feira da 31ª Semana do Tempo Comum.
Lc 16,1-8 – O administrador desonesto e esperto
Oração inicial, invocando a luz do Espírito Santo.
Abrir o coração para acolher com gratidão e amor a Palavra do Senhor.
Abrir bem os ouvidos para escutar o que o Senhor irá falar.
Que a luz da Bíblia ilumine sua vida!
Leitura: O que o texto diz em si?
Ler com atenção e bem devagar Lc 16,1-8.
No caminho para Jerusalém, Jesus dá instruções sobre o discipulado. Ele conta aos discípulos uma parábola a respeito do uso dos bens e do dinheiro. Um homem rico acusa de desonestidade o administrador dos seus bens (azeite e trigo). Ciente do risco de ser demitido, o administrador pensa no futuro e busca uma saída. A alternativa escolhida mostra que ele não se preocupou em agradar ao patrão; ele refez as contas e favoreceu aos endividados, que se tornaram seus amigos. O administrador, que antes foi chamado de desonesto pelo patrão, depois foi elogiado por ele porque agiu com esperteza, e termina como modelo a ser imitado. A esperteza do administrador se torna critério de comparação entre “os filhos deste mundo” e os “filhos da luz”.
(Ler novamente o texto.)
Meditação: O que o texto diz a mim?
A mensagem da parábola é surpreendente. O interesse do patrão é o lucro, o acúmulo de mais riqueza. Para ele, o administrador está sendo desonesto porque não está obtendo o lucro que ele deseja para suas mercadorias. Depois de refletir bastante, o administrador decidiu ser solidário com os endividados, “fazendo amigos com o dinheiro da injustiça” (vr. 9). No lugar do lucro do seu patrão, ele preferiu conquistar amigos. Dinheiro passa, a amizade permanece. A lógica do Reino de Deus é bem diferente da ideologia do mercado. Para o mercado o que importa é o lucro. Nesse ambiente encontramos muita desonestidade, corrupção, injustiça. O Reino de Deus nos pede despojamento, solidariedade, partilha. Jesus deseja, no seu seguimento, discípulos inteligentes, ponderados, “espertos”, que optarão sempre pelo Reino. O administrador é exemplo de quem levou a sério esse ensinamento.
Oração – O que o texto me leva a dizer a Deus?
Agradeça a Deus por ter sido interpelado(a) por esta Palavra, pelo novo ardor que ela gerou em seu coração, pela luz que ela acendeu em seu caminho.
Peça ao Senhor a sabedoria de usar as coisas que passam, sem se apegar a elas, e abraçar as que não passam.
Que a luz do Evangelho ilumine e oriente o seu agir, suas escolhas e decisões, de tal modo que tudo colabore na edificação do Reino de Deus e no cultivo de relações justas e fraternas.
Contemplação: O que Deus, através do texto, está realizando em mim?
Acolher esta Palavra como dirigida a você. Observe o que vai ficando nos seus olhos e no seu coração como atitudes e compromissos novos.
Quanto mais simples e despojado(a) você se tornar, mais liberdade e agilidade você terá para decidir-se pela causa do Reino de Deus, colocando sua inteligência e criatividade a serviço do bem comum.
Como Maria, saborear em silêncio a Palavra de Deus, e repetir: “Faça-se em mim segundo a vossa Palavra”.
Ação: O que a escuta e a meditação deste texto me sugere vivenciar?
Que tal uma revisão: os seus bens materiais e o seu dinheiro são utilizados para suprir as suas necessidades ou para atender aos seus desejos? Qual tem sido sua preocupação com as necessidades dos outros?
Pe. Elizeu Hilário de Souza – é presbítero da diocese de Teófilo Otoni-MG e reitor do Seminário Sagrado Coração de Jesus de sua diocese em Belo Horizonte-MG