A libertação está próxima
27 de novembro de 2014O mundo, a vida
29 de novembro de 2014LUCAS 21,29-33
Em seguida, contou-lhes uma parábola: “Vede a figueira e as árvores todas. Quando brotam, olhando-as, sabeis que o verão já está próximo. Da mesma forma também vós, quando virdes essas coisas acontecerem, sabei que o Reino de Deus está próximo. Em verdade vos digo que esta geração não passará sem que tudo aconteça. O céu e a terra passarão; minhas palavras porém, não passarão”.
Nova estação
Quando as figueiras brotam, o verão está próximo. Percebo que muitas pessoas são como essas figueiras. Exalam seus frutos de santidade, indicando-nos a proximidade do Reino. Não me refiro aqui à proximidade temporal do Reino, uma vez que o dia de sua confirmação não me pertence. Penso mais na proximidade de contato com o Reino, facilmente sentida pelo convívio com alguns amigos ou meros conhecidos, que me trazem a presença de Cristo e, junto dele, sua morada.
Sinto a proximidade do Reino, como brilho de verão, quando encontro pessoas de fé ardente, de sabedoria simples e caridade concreta. Observo-as transfiguradas, com semblantes de oração firme e coerente, capazes de serem facilmente confundidos com o rosto do Cristo ressuscitado. Trazem-me a paz do Reino, embora sobre seus ombros repousem cruzes pesadas do desenrolar desta vida.
Por outro lado, há pessoas que são figueiras de outro tipo. Aparecem-nos tortuosas, desidratadas, com galhos secos e sem nenhum broto. Predizem a proximidade do outono, com sua natureza nua, vazia, monocromática. São figueiras com raízes demasiadamente aprofundadas no mundo, de tal modo que permitiram que ele sugasse todos os seus nutrientes.
E nós, que tipo de figueira somos?
Na oração de hoje, rezemos a Deus para que ele ilumine nossa vida, de modo a sermos sinais de seu Reino neste mundo. Sejamos figueiras cheias de brotos e frutos, capazes de anunciarem a proximidade de nova estação.
Marcelo H. Camargos – estudante de Medicina na UFMG – membro da Família Missionária Verbum Dei de Belo Horizonte