18º Domingo do Tempo Comum – Ano B
2 de agosto de 2015Tradição e tradições (Mateus 15,1-2.10-14)
4 de agosto de 2015“Ao saber o que havia acontecido, Jesus saiu dali num barco e foi sozinho para um lugar deserto. Mas as multidões souberam onde ele estava, vieram dos seus povoados e o seguiram por terra. Quando Jesus saiu do barco e viu aquela grande multidão, ficou com muita pena deles e curou os doentes que estavam ali.
De tardinha, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram:
– Já é tarde, e este lugar é deserto. Mande essa gente embora, a fim de que vão aos povoados e comprem alguma coisa para comer.
Mas Jesus respondeu:
– Eles não precisam ir embora. Deem vocês mesmos comida a eles.
Eles disseram:
– Só temos aqui cinco pães e dois peixes.
– Pois tragam para mim! – disse Jesus.
Então mandou o povo sentar-se na grama. Depois pegou os cinco pães e os dois peixes, olhou para o céu e deu graças a Deus. Partiu os pães, entregou-os aos discípulos, e estes distribuíram ao povo. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos ainda recolheram doze cestos cheios dos pedaços que sobraram. Os que comeram foram mais ou menos cinco mil homens, sem contar as mulheres e as crianças.”
Na oração de hoje, vamos pedir ao Senhor que nos conduza na travessia do nosso deserto, assim como conduziu ao povo eleito, e nos sustente com o alimento da Sua própria vida.
O evangelista Mateus, ao ressaltar “o lugar deserto”, lembra a figura de Moisés, que conduziu o povo numa travessia de 40 anos e rogou a Deus muitas vezes por suas necessidades. Deus envia o maná para alimentar o povo no deserto. Aqui, o alimento oferecido na ação de graças de Jesus ao Pai remete à Eucaristia, na qual Ele mesmo se faz alimento. Por isso a Eucaristia é fonte da vida cristã. Nela nos alimentamos para a caminhada de configuração com Cristo. É também ápice, pois nessa identificação dia a dia, passo a passo, somos chamados a mais, até a máxima doação de nós mesmos. Cada um de nós e a comunidade, feita Corpo de Cristo na própria Eucaristia.
O que cabe a nós? A oferenda. “Deem vocês mesmos comida a eles.” Os discípulos relutaram, pois o que tinham era pouco demais para tanta gente. Nós também relutamos. “Quem sou eu para responder a tantas necessidades do mundo atual?” “O que são meus dons diante do tamanho dos desafios que encontro no dia a dia para viver a missão?”
Mas o que Jesus diz é: “Pois tragam para mim!” Cabe a nós oferecer. Cabe ao Senhor multiplicar. Ele transforma a oferta numa ação de graças ao Pai. Assim, todos comem e ficam satisfeitos. Os doze cestos fazem menção às doze tribos de Israel. A Igreja é o novo Povo de Deus, congregada pela Eucaristia.
Que o Senhor conduza a cada um de nós e à sua Igreja ‘pelas estradas da vida”, da Vida plena.
Tania Pulier, comunicadora social, membro da Família Missionária Verbum Dei e da pré-CVX Cardoner.