“A vós foi dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus”
12 de julho de 2020“Ai de ti, Corazim! Ai de ti Betsabéia!”
14 de julho de 2020Lectio Divina de Mt 10, 34-11,1. Dia 13/07/2020.
Segunda-feira da 15ª semana do Tempo Comum.
“Não vim trazer a paz, mas a espada”.
Invoque o Espírito Santo com oração ou canto. Em silêncio, concentre-se na sua respiração. Inspire e expire fundo, perceba o ar inspirado como vida doada por Deus. Faça isso durante algum tempo. Agora perceba as batidas de seu coração. Acalme seu corpo e todo seu ser para a Lectio Divina.
O texto de hoje está no chamado Sermão da Missão, que abrange Mt 9,35-12,50.
Leitura: o que o texto diz?
O texto de hoje é visto por muitos como difícil, mas, com meditação pode-se ver que não é tanto assim.
Faça uma primeira leitura em voz alta. Depois uma segunda leitura, silenciosa, devagar, Perceba falas de Jesus, a quem se dirige, o que contém.
A quem se dirige a fala de Jesus? A primeira frase já é polêmica. Teria Jesus vindo para promover a guerra? Na Bíblia a espada significa, entre outras coisas, o poder da palavra de Deus (“Enfim ponde o capacete da salvação e empunha a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” Ef 6,17. “Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, a mais penetrante que qualquer espada de dois gumes. Penetra até dividir alma e espírito, articulações e medulas” Hb 4,12).
Acima de mãe e familiares, quem Jesus entende que está acima deles? Ele reafirma o mandamento primeiro dos mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas (e pessoas). Pois se amamos uma pessoa acima de Deus corre-se o risco de sermos guiados por algum valor, alguma atitude que é meramente humana, e que não exprime a palavra de Deus.
Jesus fala do que é ser digno de seu seguimento. O que diz ser essa dignidade? O que é para ele perder ou ganhar a vida? Que vida é essa?
Há quem fique na superfície do texto e entende que Jesus desvaloriza a família de sangue, a família humana. Mas ele valoriza primeiro o amor a Deus. Esse amor é capaz de tornar o amor em geral, e à família em particular, um ato concreto.
O texto fala da acolhida do discípulo por outras pessoas. O que ele diz a respeito? Diz que há quem os acolho como se fossem o que? Jesus valoriza pequenos gestos de acolhida de seus discípulos, e descreve um deles: qual?
O texto é uma provocação. É um Jesus provocador. Ele quer provocar nos discípulos uma decisão. Uma decisão radical pelo amor de Deus, colocando esse amor acima de tudo. Uma decisão radical pela palavra de Deus, pelo seguimento de Jesus, que seja capaz de “perder” e “ganhar” a vida por Ele.
Meditação: o que o texto me diz?
O que lhe chamou a atenção no texto? O que lhe impressionou? Que palavras, expressões ou frases lhe afetaram ou levaram a uma reflexão? Nesse ensinamento de Jesus o que lhe diz mais de perto? Por que lhe diz?
Se fosse definir o que este texto lhe diz numa frase, qual seria? Por quê?
Oração: O que o texto me faz dizer a Deus?
Nesse momento busque uma intimidade com Deus a partir do que leu, meditou, e lhe inspirou essa palavra. Fale com ele como a um amigo, de coração aberto, sinceramente. Diga de suas descobertas, perplexidades, dúvidas, medos, alegrias, tristezas, angústias, esperanças.
Contemplação: o que Deus faz em mim?
O Senhor, através de sua palavra, está presente. Ela é viva e eficaz. Age dentro de nós. Muda-nos o modo de pensar, sentir, agir. Age em sentimentos, memórias de nossa experiência de vida; age no coração e no pensamento, na inteligência. O que o texto, a meditação, a oração lhe faz sentir? Quais sentimentos ou lembranças lhe perpassa nesse momento? O que isso está fazendo em você?
Ação: o que o texto me solicita a agir?
A palavra de Jesus é ele mesmo falando para seus discípulos, para cada pessoa hoje. Ela é força viva, eficaz. Transforma. Transmuta. Interpela. Questiona. O que o texto lhe solicita a agir, a mudar a maneira concreta de atuar na vida. Que atitudes, valores, pensamentos lhe solicita mudar?
Marco Antonio Tourinho, leigo NJ.