Lucas 7, 36-50
20 de setembro de 2018Nossos dons a serviço
24 de setembro de 2018Leitura: Mateus 9, 9-13
Título: Não vim para chamar os justos, mas os pecadores
Naquele tempo, partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu a Jesus. Enquanto Jesus estava à mesa, na casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos
discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?” Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”.
Palavra da Salvação.
ORAÇÃO
A leitura de hoje nos traz mais uma demonstração do infinito amor de Deus por nós.
Jesus nos chama sempre a andar pelos seus caminhos. “Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos e disse-lhe: ‘Segue-me’.” Jesus não perguntou nada ao coletor de impostos. Simplesmente o chamou. Ele já nos conhece e sabe da nossa vida e das nossas questões. Conhece nossos pecados, nossas fraquezas, nossas ambiguidades. E ainda assim não faz nenhum questionamento. Convoca: segue-me. É um chamado e um conselho. Como se dissesse: “fique comigo, siga meu caminho, ouça minha palavra, siga meus passos.” É uma dica que Ele nos dá apontando o caminho da verdade, da vida, da libertação. Da libertação de nossas mazelas, de nossos desacertos no mundo, das nossas cobranças, muitas vezes indevidas, sobre os outros.
De toda forma, Ele espera nossa resposta. “Ele se levantou e seguiu a Jesus”. O coletor de impostos simplesmente se levantou e seguiu Jesus. Ele também não perguntou pra onde deveria ir, não justificou que precisava resolver alguma coisa… simplesmente o seguiu. Talvez estivesse pronto para seguir Jesus. Ou não. Talvez estivesse apenas sedento por um novo caminho. E é isso que Jesus nos pede: que o sigamos, estejamos prontos ou não; que tenhamos prontidão, que estejamos desejosos de um novo caminho, de uma nova vida. Desejosos de segui-lo.
Jesus respeita nossa liberdade de ação. Ele espera pelo nosso sim, pelo nosso consentimento para que Ele participe ativamente da nossa vida. “Enquanto Jesus estava à mesa, na casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos.” Jesus entra na intimidade daquele cobrador de impostos, vai almoçar na casa dele. Não nos chama por chamar. Paradoxalmente, quer nos acompanhar quando nos convida a segui-lo. E nos aceita como somos, com nossa realidade, seja ela qual for.
Cristo nos diz que quer cuidar de quem precisa de cuidado e aceita seus cuidados. “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes.” Ele se oferece inteiramente para cuidar de nós. Inclusive nos dá recursos de cura, “remédios” que confortam e restauram nossa saúde espiritual, como a Eucaristia e a Sua Palavra.
Finalmente Ele nos aconselha: “Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’.” Ele nos pede o que pode ser também o mais difícil. Pede-nos que, mais que sacrifícios, que tenhamos misericórdia, que reconheçamos a miséria do nosso próximo e a aceitemos. E mais que isso: que reconheçamos nossa própria miséria e nos tratemos com delicadeza e generosidade.
Senhor, Deus de infinita bondade, conceda-nos neste dia de hoje humildade para reconhecer nossas fraquezas e limitações e aceitar Seu convite de permanecer sempre conosco. Mantenha-nos em seu caminho e nos inspire para sermos exemplo para os que de nós se aproximarem.
Maria Luzia de Moraes Fonseca, Família Verbum Dei de Belo Horizonte