Compaixão pelos sem-pastor (Marcos 6,34-44)
6 de janeiro de 2015O Senhor me escolheu para… (Lucas 4,14-22a)
8 de janeiro de 2015“Logo depois, Jesus ordenou aos discípulos que subissem no barco e fossem na frente para o povoado de Betsaida, no lado leste do lago, enquanto ele mandava o povo embora.
Depois de se despedir dos discípulos, Jesus subiu um monte a fim de orar ali. Quando chegou a noite, o barco estava no meio do lago, e Jesus estava em terra, sozinho.
Ele viu que os discípulos estavam remando com dificuldade porque o vento soprava contra eles. Já de madrugada, entre as três e as seis horas, Jesus foi até lá, andando em cima da água, e ia passar adiante deles.
Quando viram Jesus andando em cima da água, os discípulos pensaram que ele era um fantasma e começaram a gritar. Todos ficaram apavorados com o que viram. Mas logo Jesus falou com eles, dizendo: ‘Coragem, sou eu! Não tenham medo!’
Aí subiu no barco com eles, e o vento se acalmou. Os discípulos estavam completamente apavorados. É que a mente deles estava fechada, e eles não tinham entendido o milagre dos pães.”
Esta barca com os discípulos é o símbolo da Igreja. Jesus Ressuscitado está com o Pai, e a barca está no meio do lago, com todos os perigos e fantasmas que o representam. Os discípulos remam com dificuldade porque os ventos sopram contrário. Os ventos na nossa sociedade de maneira geral sopram contrariamente à Igreja e ao chamado de Jesus a ela.
Mas Jesus não abandona a sua Igreja, caminha com ela e à sua frente, caminha por cima das águas, de toda a dificuldade que ela possa enfrentar e de todo o mal. Ele é o Senhor, o vencedor do pecado e da sua consequência, a morte.
Mas quantas vezes, em meio às dificuldades, não O reconhecemos, muito menos ao seu poder soberano. Quantas vezes ficamos apavorados com as situações e nos deixamos invadir e dominar pelo medo!
É em meio a isso que Ele diz com força: “Coragem, sou eu! Não tenham medo!” Deixar que a sua voz ressoe com força em meio aos nossos medos, em meio às nossas tempestades (algumas vezes em copos d´água) e experimentar que Ele entra no nosso barco conosco e então o vento se acalma.
“Os discípulos estavam completamente apavorados. É que a mente deles estava fechada, e eles não tinham entendido o milagre dos pães.” O milagre dos pães, quando Jesus se mostrou como o Bom Pastor, que tem compaixão das ovelhas, ensina, se faz alimento e acompanha, de forma que não precisam temer “ainda que caminhem pelo vale escuro como a morte” (Mc 6,34-44; Sl 23,4) E nós, será que compreendemos isso do fundo do coração e com toda a nossa vida?
Peçamos a Maria, que acompanhou Jesus do começo ao fim, até a morte de cruz e para além dela, que nos dê a mão para seguirmos os passos do Seu Filho e não nos deixarmos paralisar pelo medo em meios às tempestades da vida.
Tania Pulier, comunicadora social – Família Missionária Verbum Dei e pré-CVX Cardoner