O sábado foi feito para o homem – Mc 2, 23-28
17 de janeiro de 2017Por que procurar Jesus? (Mc 3,7-12)
19 de janeiro de 2017“Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo.
Jesus disse ao homem da mão seca: ‘Levanta-te e fica aqui no meio!’
E perguntou-lhes: ‘É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?’ Mas eles nada disseram.
Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem:
‘Estende a mão.’
Ele a estendeu e a mão ficou curada.
Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo.”
Na oração de hoje, vamos pedir ao Pai a graça de um coração que sinta com o coração de Jesus.
Como primeiro passo, façamos a preparação da nossa oração, respirando profundamente, buscando silenciar as vozes interiores e pedindo ao Senhor estar inteiros no momento de oração. Leiamos a passagem mais de uma vez e busquemos que, fechando nossos olhos, possamos ver o lugar e a cena. Ver a sinagoga, como seria, quais os seus espaços, como as pessoas estavam reunidas ali. Não se trata de raciocínios, mas de uma composição de lugar. Deixar que as imagens venham a nós, de forma a nos introduzir na cena e levar-nos a contemplar. E aí pedir a graça do dia.
“Jesus entrou de novo na sinagoga.” Como eram seus passos? Como estava o seu semblante? E como ele se posicionou neste ambiente, para onde olhou, quais os seus gestos?
“Havia ali um homem com a mão seca.” A mão é símbolo do que se pode dar e receber no ser humano, em geral do melhor do humano. Com ela se pode trabalhar; dar e receber ajuda e amor; abençoar; louvar; pedir. É verdade que também se pode impor e injuriar, mas como símbolo ela fala das relações de amor e entrega com o outro e com Deus, de dom e recepção.
– Quem é o homem com a mão seca? Como é a sua vida? Quais são os seus sentimentos? Vê-lo com detalhe na contemplação.
“Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo.” Ver essas pessoas, que o Evangelho apresenta como “fariseus e partidários de Herodes”. Ouvir o que dizem e olhar o que fazem.
Deixar que o Espírito nos conduza a ver a nós mesmos na cena também, ou a nos sentirmos aí. Com qual personagem nos identificamos? Com Jesus, que sente ira e compaixão e que não deixa de fazer algo, apesar dos olhares? Com o homem da mão seca, com dificuldades nas relações de dar e receber? Com os que querem acusar, têm o coração endurecido e se prendem ao certo e errado com outras intenções? Com o povo que está aí vendo tudo, talvez aderirá a aprender com Jesus, talvez a acusá-lo e quem sabe a ficar indiferente?
Olhar muito para Jesus. Perceber em suas expressões os diferentes sentimentos que passam em seu coração, segundo este Evangelho. Ouvir o que ele diz, que palavra dirige ao homem da mão seca; que palavra dirige aos que o querem acusar. Olhar o que faz, que decisão toma nesta situação e qual o resultado da sua ação.
Muda meu duro coração, Jesus! Dá-me a graça de sentir com Você e agir com Você. Amém!
Tania Pulier, comunicadora social, membro da CVX Cardoner e da Família Missionária Verbum Dei