“De graça recebestes, de graça deveis dar!”
9 de julho de 2020“Não tenhais medo daqueles que matam o corpo”
11 de julho de 202010/07/2020 – 6ª feira da 14º semana do Tempo Comum – Mt 10,16-23
“Não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai”
Leitura. O que diz o texto?
Jesus alerta para os desafios da missão. A novidade do anúncio do Reino encontrará oposição em diversos ambientes, religiosos e políticos. Jesus prepara seus discípulos para serem profetas, que anunciam e denunciam os descompassos entre a realeza e o projeto de Deus. A consequência é a perseguição. Jesus pede o cuidado e prudência perante o ódio e as diversas armadilhas a que serão expostos, não precisando cultivar o medo quando os perseguidores usarem de força para intimidá-los ou prendê-los, pois o Espírito do Pai será o seu advogado (paráclito) nos tribunais. E no final, experimentarão a alegria de terem perseverado até o fim.
Meditação. O que Deus nos diz através desse texto?
Jesus não promete facilidades aos seus discípulos e discípulas. A missão é desafiadora. Ele apresenta um quadro de provações, perseguições, traições. A mensagem do Reino desinstala as pessoas que optam por acolhê-la. Jesus sempre desloca, incomoda, ou seja, tira da comodidade uma vida tranquila cheia de seguranças, porque a opção por ele exige imediatamente compromisso. Não há como seguir Jesus e não se comprometer com os valores do Reino. Mas esse caminho ele faz junto. Se faz presente nas pequenas e grandes dificuldades. Nos dá um defensor (seu Espírito) para falar em nossa defesa e nos ajudar no discernimento para escolher a melhor parte e nos proteger dos lobos traiçoeiros.
Oração. O que o texto me faz dizer a Deus?
Senhor, a tua presença me faz corresponder ao projeto missionário de amor e salvação em que me envolveu. Eu respondi “sim” e preciso da sua força para continuar nesse caminho. Dá-nos a graça do discernimento, o dom da prudência e a mansidão diante do ódio dos perseguidores, que ainda não experimentaram as maravilhas do seu projeto de amor. Cuida e sustenta a missão confiada a nós.
Contemplação. O que o texto faz em mim?
No meu silêncio contemplativo, me coloco naquela cena onde Jesus dá instruções preciosas aos seus colaboradores. Sinto que só com minhas forças eu não darei conta dessa imensa tarefa. Precisarei de coragem, sustentada por um grande amor de Deus, porque haverá perseguições, tribunais, traições. Assim como os profetas de outros tempos foram sustentados por essa força, a minha alegria é saber que Jesus caminha e dá sustento à sua Missão.
O que o texto me sugere a viver?
A perseverança é muito importante na construção do Reino dos Céus. Essa virtude fundamental precisa estar no plano dos discípulos e discípulas de Jesus, pois ela vai nos remeter ao horizonte do Reino definitivo.
Diác. Glêvison Felipe Lourenço de Sousa*
*Diácono permanente da Arquidiocese de Belo Horizonte, MG. Colaborador e residente na Paróquia São José – Vespasiano MG, Brasil