14/05/21 (sexta-feira da 6ª semana da Páscoa): Jo 15,9-17 – “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi…”

• Leitura: O que o texto diz?

Preparando o ambiente para uma escuta atenta à Palavra de Deus, tome em mãos Jo 15,9-17. Hoje fazemos memória de um dos apóstolos de Jesus, São Matias. Assim como ele, escute atentamente o discurso de Jesus sobre como é ser seu discípulo. É preciso estar unido a Ele, principalmente, por causa de seu amor. O amor provém do Pai que o ama infinitamente e incondicionalmente, ao ponto de se serem tão íntimos que acabam sendo UM. O Mestre nos ama com esse amor, fonte de vida e por isso sua insistência na permanência desse amor. Mas como isso é possível? Deve-se guardar seus mandamentos a fim de que se colha uma verdadeira e plena alegria. É mais que cumprir por obrigação e à risca um conjunto de leis e regras para se tornarem perfeitos e amados pelo Mestre. “Guardar” é sinônimo de cuidar no mais íntimo do coração. É ouvir com atenção algo tão importante e bom para vida que não se sente ameaçado em cumprir ordens com medo do castigo. O Mestre nos chama para caminhar com liberdade e confiança. Se os antigos escolhiam seus mestres para buscar sabedoria, com Jesus, nós é que somos escolhidos por Ele. Mais que um privilégio, é uma responsabilidade e ao mesmo tempo gratidão por tão importante e gratuita escolha!

• Meditação: O que o texto me diz?

Retomando o texto de Jo 15,9-17, perceba o que o início do discurso de Jesus provocou em você. Da mesma forma que o Pai o amou, Jesus afirma amar cada um de nós dessa forma. Sinta esse amor. Perceba que o Mestre já chama seus discípulos de amigos. Ouça-o também esse convite. Permita a confiança no Senhor tomar conta de você ao ponto de você estar livre e à vontade diante da presença de um Deus que se faz seu amigo. Sinta a alegria mútua entre você e o Mestre.

• Oração: O que o texto me faz dizer?

As palavras de Jesus aos poucos foram tomando conta de seu coração. Elas foram iluminando-o e tornando-o mais sensível ao seu verdadeiro amor por você. Já que Ele é seu verdadeiro amigo, conte-lhe tudo que desejar, sem medo de ser repreendido, mas com a confiança de quem se fez e se faz íntimo. Apresente ao “Cristo-amigo” tudo aquilo que ainda impede de você sentir esse amor. Há alguma situação ou área de sua vida em que faz você não acreditar profundamente nisso? Procure enxergar esse verdadeiro cuidado que Ele tem com você e passe a ver seus mandamentos não como obrigações, mas zelo de alguém que quer o seu bem.

• Contemplação: O que o texto faz em mim?

A força do amor aquece nosso coração e transforma-o. No silêncio do seu interior, deixe o amigo Jesus responder às suas inquietações. Permita que a voz de amigo que amparo, refúgio e apoio, fortaleça todas as áreas de sua vida. Experimente essa imensa alegria à medida que você vai sentindo que pouco a pouco está permanecendo junto do Mestre, agora seu melhor companheiro de jornada.

• Ação: O que o texto me faz agir?

Permanecer no amor torna o coração sensível à realidade que nos rodeia. Vamos percebendo a necessidade do outro e dentro de nós vai despertando o desejo de agir. Na verdadeira amizade com o Cristo que escolheu você, procure concretamente estratégias para irradiar esse amor. Como anda seus amigos? Que gestos de gentileza e amor poderiam estar acompanhando sua vida diariamente e assim ser testemunho num mundo tão ferido e carente de amor?

Pe. Jackson Câmara Silva, INJ

*Membro do Instituto Religioso Nova Jerusalém. Vigário da Paróquia São José – Vespasiano-MG, Brasil. Mestre em teologia sistemática pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE).