A minha paz (João 14, 27-31a)
20 de maio de 2014“Quem aceita os meus mandamentos e a eles obedece, esse é que me ama. E quem me ama, será amado por meu Pai. Eu também o amarei e me manifestarei a ele.”
Judas, não o Iscariotes, perguntou: “Senhor, por que vais manifestar-te a nós e não ao mundo?”
Jesus respondeu: “Se alguém me ama, guarda a minha palavra, e meu Pai o amará. Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras. E a palavra que vocês ouvem não é minha, mas é a palavra do Pai que me enviou.
Essas são as coisas que eu tinha para dizer estando com vocês. Mas o Advogado, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ele ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu lhes disse.”
O que Jesus nos fala no Evangelho de hoje é do seu desejo de que vivamos na sua relação de amor com o Pai. Quem vive uma relação de amor, vive na intimidade e na comunicação – expressão/entrega profunda de si mesmo e acolhida total do outro. Esta é a relação de Jesus com o Pai no Espírito e nela Ele quer nos introduzir.
Obediência vem de ob-audire, que significa “escutar”. A escuta é um indicador do amor. Como está minha escuta ao Evangelho, minha acolhida à proposta de vida de Jesus? Tenho guardado a sua Palavra? Como um cumprimento de “normas cristãs” ou como uma relação de confiança e amor? Como vai o meu diálogo com Ele no dia a dia?
É impossível guardar as Suas palavras fora do amor. Um cumprimento duro e frio é exatamente o contrário do que Ele viveu e ensinou. Quantas vezes o vemos curando em dia de sábado porque “o sábado foi feito para o ser humano e não o ser humano para o sábado”? O cumprimento ao qual Jesus se refere é o pleno (“Vim levar a Lei ao pleno cumprimento”), o gerador de vida plena para todos. É assim que entendo e vivo os “mandamentos”?
Jesus guardou e ensinou as palavras do Pai, e é o que nos convida a fazer. Nos dá o seu Espírito para que nos introduza no cotidiano na comunhão de amor entre Ele e o Pai, dando-nos o presente de uma vida acompanhada e habitada: “Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada.” Quanta solidão experimentamos no dia a dia por não nos darmos conta dessa habitação, desse lar interior que carregamos!
Vamos pedir ao Espírito que nos dê docilidade aos seus toques que nos convidam a voltar ao lar, vivendo na relação de amor que nos é presenteada e nos possibilita criar também para fora relações de amor e comunhão.
Tania Pulier, comunicadora social – Palavra Acesa Editora – Família Missionária Verbum Dei e pré-CVX Cardoner