IV Domingo do Tempo Comum – Ano B
1 de fevereiro de 2015Não tenha medo! Tenha fé! (Mc 5,21-43)
3 de fevereiro de 2015“Chegou o dia de Maria e José cumprirem a cerimônia da purificação, conforme manda a Lei de Moisés. Então eles levaram a criança para Jerusalém a fim de apresentá-la ao Senhor. Pois está escrito na Lei do Senhor: ‘Todo primeiro filho será separado e dedicado ao Senhor.’ Eles foram lá também para oferecer em sacrifício duas rolinhas ou dois pombinhos, como a Lei do Senhor manda.
Em Jerusalém morava um homem chamado Simeão. Ele era bom e piedoso e esperava a salvação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele, e o próprio Espírito lhe tinha prometido que, antes de morrer, ele iria ver o Messias enviado pelo Senhor.
Guiado pelo Espírito, Simeão foi ao Templo. Quando os pais levaram o menino Jesus ao Templo para fazer o que a Lei manda, Simeão pegou o menino no colo e louvou a Deus. Ele disse:
– Agora, Senhor, cumpriste a promessa que fizeste e já podes deixar este teu servo partir em paz. Pois eu já vi com os meus próprios olhos a tua salvação, que preparaste na presença de todos os povos: uma luz para mostrar o teu caminho a todos os que não são judeus e para dar glória ao teu povo de Israel.
O pai e a mãe do menino ficaram admirados com o que Simeão disse a respeito dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus:
– Este menino foi escolhido por Deus tanto para a destruição como para a salvação de muita gente em Israel. Ele vai ser um sinal de Deus; muitas pessoas falarão contra ele, e assim os pensamentos secretos delas serão conhecidos. E a tristeza, como uma espada afiada, cortará o seu coração, Maria.
Havia ali também uma profetisa chamada Ana, que era viúva e muito idosa. Ela era filha de Fanuel, da tribo de Aser. Sete anos depois que ela havia casado, o seu marido morreu. Agora ela estava com oitenta e quatro anos de idade. Nunca saía do pátio do Templo e adorava a Deus dia e noite, jejuando e fazendo orações. Naquele momento ela chegou e começou a louvar a Deus e a falar a respeito do menino para todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
Quando terminaram de fazer tudo o que a Lei do Senhor manda, José e Maria voltaram para a Galileia, para a casa deles na cidade de Nazaré. O menino crescia e ficava forte; tinha muita sabedoria e era abençoado por Deus.”
“Meus olhos viram a tua salvação.”
Simeão tinha uma esperança baseada numa promessa do Senhor. Ele estava no Templo, como a cada dia. E a cada dia vinham casais apresentar seus recém-nascidos ao Senhor, ofertando o que a Lei lhes ordenava. No caso dos casais pobres, como Maria ou José, uma rola ou dois pombinhos.
Mais um casal? Para Simeão, não. Ele foi capaz de ver neles e naquela criança a realização da promessa de Deus. Simeão teve olhos pra ver. E “o maior milagre é ver milagres”.
E eu? Tenho olhos pra ver no cotidiano a manifestação do Senhor? Meus olhos veem a salvação? Vejo a presença do Messias nos fatos, nas pessoas, nos sacramentos ou em pequenos e discretos sinais do dia a dia?
Ana também estava na hora e no lugar certo. Era alguém que passava dia e noite no Templo, servindo a Deus com jejuns e orações. Ela estava atenta, concentrada no essencial. E aí escutou e anunciou as maravilhas de Deus. “A boca fala do que o coração está cheio”. O que tenho ouvido e do que a minha boca fala? O que tenho anunciado?
Vamos pedir a graça ao Espírito de ver a salvação de Deus, de perceber as Suas promessas realizadas no nosso cotidiano e anunciar Suas maravilhas aonde formos.
Tania Pulier, comunicadora social, membro da Família Missionária Verbum Dei e do pré-CVX Cardoner.