Sim! Eu quero. (Mc 1, 40-45)
12 de janeiro de 2017Venha comigo (Mateus 2,13-17)
14 de janeiro de 2017Mc 2, 1-12
Alguns dias depois, Jesus voltou para a cidade de Cafarnaum, e logo se espalhou a notícia de que ele estava em casa. Muitas pessoas foram até lá, e ajuntou-se tanta gente, que não havia lugar nem mesmo do lado de fora, perto da porta. Enquanto Jesus estava anunciando a mensagem, trouxeram um paralítico. Ele estava sendo carregado por quatro homens, mas, por causa de toda aquela gente, eles não puderam levá-lo até perto de Jesus. Então fizeram um buraco no telhado da casa, em cima do lugar onde Jesus estava, e pela abertura, desceram o doente deitado na sua cama. Jesus viu que eles tinham fé e disse ao paralítico:
_ Meu filho, os seus pecados estão perdoados.
Alguns mestres da Lei que estavam sentados ali começaram a pensar “O que é isso que esse homem está dizendo? Isso é blasfêmia contra Deus! Ninguém pode perdoar pecados; só Deus tem esse poder!”
No mesmo instante Jesus soube o que eles estavam pensando e disse:
_Por que vocês estão pensando essas coisas? O que é mais difícil dizer ao paralítico: “Os seus pecados estão perdoados” ou “Levante-se, pegue a sua cama e ande”? Pois vou mostrar para vocês que eu, Filho do Homem, tenho poder na terra para perdoar pecados.
Então disse ao paralítico:
_ Eu digo a você: levante-se, pegue a sua cama e vá para a casa.
No mesmo instante o homem se levantou na frente de todos, pegou a cama e saiu. Todos ficaram muito admirados e louvaram a Deus dizendo:
_Nunca vimos uma coisa assim!
Oração: “_ Meu filho, os seus pecados estão perdoados.”
Meu Deus, que esse momento de oração possa ajudar-nos a tomar consciência do quão grandiosa é a sua misericórdia para conosco.
Dois pontos me chamaram a atenção na leitura de hoje:
O primeiro refere-se à condição do paralítico. Uma pessoa que utiliza-se de uma estratégia aparentemente inviável para estar com Jesus. Ele não mede esforços para alcançar Jesus!
É interessante observar que ele queria aproximar-se de Jesus mas estava impossibilitado por dois motivos: primeiro pela sua própria condição; segundo, por causa da multidão. Foi necessário o trabalho de quatro homens. Eles abriram o buraco no telhado e desceram a cama onde Jesus estava.
Muitas vezes as pessoas precisam da ajuda de outras para chegar até Jesus. Às vezes, nós precisamos da ajuda de outros para alcançar a Jesus.
Qual é a minha atual condição: aquele que ajuda o outro a aproximar-se de Jesus ou aquele que necessita do auxílio de alguém para aproximar-se Dele?
O segundo ponto está no trecho em que os mestres da Lei, em pensamento, questionam o poder de Jesus de perdoar os pecados. Jesus questiona os mestres e dá a resposta imediatamente não só com as palavras mas com o gesto de curar o paralítico.
“_Por que vocês estão pensando essas coisas? O que é mais difícil dizer ao paralítico: “Os seus pecados estão perdoados” ou “Levante-se, pegue a sua cama e ande”? Pois vou mostrar para vocês que eu, Filho do Homem, tenho poder na terra para perdoar pecados.”
Naquela época duvidava-se da capacidade de Jesus perdoar os pecados de alguém. Acreditava-se que somente Deus tinha esse poder. Cristo perdoou porque viu que o paralítico tinha fé. Ele não só o perdoou mas o curou também do mal que fazia daquele homem, paralítico.
Atualmente ocorre o contrário. Muitas vezes basta ouvir a Palavra, participar de uma missa de confissão comunitária para que possamos sentir-nos aptos a receber o perdão dos pecados.
“Jesus viu que eles tinham fé e disse ao paralítico:
_ Meu filho, os seus pecados estão perdoados.”
De certa forma, muitos cristãos banalizaram a atitude de Jesus pois não valorizam, como deveriam, o Sacramento da Reconciliação, procurando confessar-se uma vez ao ano. Se de fato temos fé, por que adiamos o ato de confessar-nos com padre? Por que não nos esforçamos mais, usamos estratégias que, aparentemente, são inviáveis como fez o paralítico?
Peçamos a Deus que mantenha seu olhar misericordioso sobre todos para que possamos sentir a sua mão a nos tocar, que sejamos capazes de pegar a nossa cama e caminhar, curados do mal que tantas vezes nos impede de dar passos mais firmes e fiéis. Amém!
Norma Parreiras da Silva – Família Missionária Verbum Dei – BH