LEITURA

“Disse Jesus: ‘Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinhos e figos dos abrolhos? Toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá maus frutos. Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má, bons frutos. Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada ao fogo. Pelos seus frutos os conhecereis’”.

Frutos que nos orientam

Muitos homens, servos de outros deuses, adeptos de outras variações de fé, ainda que sejam aquelas em nada relacionadas às crenças espirituais, são capazes de se fazerem portadores de mensagens de Deus,  enganando a multidão carente. Jesus, em sua atividade pastoril, coloca-nos uma orientação simples, de modo a nos tornarmos menos vulneráveis à ação daqueles que querem nos afastar do verdadeiro chamado de Cristo.

Os falsos profetas, com grande ousadia, muitas vezes se manifestam com dizeres “em nome de Jesus”, quando na verdade pregam em nome dos vícios. Diante da existência de atitudes sagazes por parte dos enganadores, Jesus se faz objetivo e nos chama a olhar para os frutos da suposta profecia – as consequências do trabalho profético e as recompensas adquiridas por supostos profetas – para que os conheçamos em verdade.

Esse olhar crítico proposto por Jesus nos exige reflexões. Quais são os frutos de falsos profetas que se fazem evidentes nos dias atuais? Quais os frutos da profecia que despertam o reconhecimento de um verdadeiro profeta nos ambientes que frequentamos?

A orientação de Jesus adquire imenso valor na atualidade porque temos visto que muitos falsos profetas deixaram de caminhar como ovelhas para assumirem o pastoreio. Logo, estão na liderança de uma variedade de instituições e projetos, com imenso poder para influenciar a vida de milhões de indivíduos. Nesse cenário, Jesus vem nos reforçar o seu conselho para que observemos os frutos desses falsos profetas, que são  frutos do egoísmo, da avareza, da cobiça e da inveja. Além de não nos deixarmos seduzir, a vida de caridade requerida por Jesus nos exige deixar de sermos passivos e omissos frente aos enganadores deste mundo, capazes de destruírem a vida de tantos irmãos, afastando-os do caminho de vida eterna anunciada pelos verdadeiros profetas de Cristo.

Marcelo H. Camargos. Estudante de medicina na UFMG. Fraternidade Missionária Verbum Dei de Belo Horizonte, MG.