Sentidos da fé abertos ao Amor
27 de dezembro de 2017O olhar de Simeão (Lc 2,22-35)
29 de dezembro de 2017LEITURA: MATEUS 2,13-18
Depois que os visitantes foram embora, um anjo do Senhor apareceu num sonho a José e disse:
— Levante-se, pegue a criança e a sua mãe e fuja para o Egito. Fiquem lá até eu avisar, pois Herodes está procurando a criança para matá-la.
Então José se levantou no meio da noite, pegou a criança e a sua mãe e fugiu para o Egito. E eles ficaram lá até a morte de Herodes. Isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito por meio do profeta: “Eu chamei o meu filho, que estava na terra do Egito.”
Quando Herodes viu que os visitantes do Oriente o haviam enganado, ficou com muita raiva e mandou matar, em Belém e nas suas vizinhanças, todos os meninos de menos de dois anos. Ele fez isso de acordo com a informação que havia recebido sobre o tempo em que a estrela havia aparecido. Assim se cumpriu o que o profeta Jeremias tinha dito:
“Ouviu-se um som em Ramá, o som de um choro amargo. Era Raquel chorando pelos seus filhos; ela não quis ser consolada, pois todos estavam mortos.”
ORAÇÃO
As primeiras cenas da vida de Jesus já demonstram bem as consequências da vinda do salvador da humanidade. Para os pequenos, os pobres e mais simples, Jesus surge como luz de esperança. Para os poderosos e opressores, Jesus é ameaçador, provocador de rebeliões. A estrela que indicava para os mais humildes a chegada do redentor era a mesma estrela que fez Herodes perceber ter sido enganado pelos magos, o que desencadeou a matança dos inocentes. Desde cedo Jesus é sinal de contradição, porque expôs a pequenez dos gigantes deste mundo e exaltou a vida dos mais humildes e pequeninos. Desde cedo Jesus é sinal de divisão, porque engrandeceu aqueles que esperavam a salvação que vem de Deus e não a salvação prometida pelos reis deste mundo.
É preciso que os nossos olhos estejam sempre voltados para o presépio, quando Deus manifestou a sua majestade na manjedoura, e quando Ele se fez presente na coragem de dois pais que tinham o “sim” como única propriedade. José teve a audácia de obedecer a uma voz de sonho, e a sua fé garantiu proteção ao salvador da humanidade, que fugia de um rei voraz, capaz de matar inúmeras crianças a fim de defender o seu poder.
Portanto, Jesus é sinal de contradição e de divisão, mas sobretudo é sinal de esperança para todos aqueles que contemplam hoje o nascimento do menino Deus e que decidem fazer do coração uma manjedoura, para bem acolhê-lo e aconchegá-lo. Rezemos hoje para que não percamos de vista a simplicidade e a coragem que Deus quer de cada um de nós.
Marcelo H. Camargos – Família Missionária Verbum Dei de BH/MG