No fundo das buscas
1 de agosto de 2018O olhar de Deus (Mt 13,54-58)
3 de agosto de 2018LEITURA: Mateus 13, 47-53
— O Reino do Céu é ainda como uma rede que é jogada no lago. Ela apanha peixes de todos os tipos. E, quando está cheia, os pescadores a arrastam para a praia e sentam para separar os peixes: os que prestam são postos dentro dos cestos, e os que não prestam são jogados fora. No fim dos tempos também será assim: os anjos sairão, e separarão as pessoas más das boas, e jogarão as pessoas más na fornalha de fogo. E ali elas vão chorar e ranger os dentes de desespero.
Jesus perguntou aos discípulos:
— Vocês entenderam essas coisas?
— Sim! — responderam eles.
Jesus disse:
— Pois isso quer dizer que todo mestre da Lei que se torna discípulo no Reino do Céu é como um pai de família que tira do seu depósito coisas novas e coisas velhas.
Jesus em Nazaré
Quando Jesus acabou de contar essas parábolas, saiu dali.
ORAÇÃO
Podemos rezar o evangelho de hoje como se lançássemos uma rede na profundidade da nossa existência. Essa rede apanhará uma diversidade de coisas e situações, coletará objetos e experiências, evidenciará erros e acertos. Façamos, portanto, o exercício de uma pescaria de nós mesmos. Olhemos a rede que lançamos e exploremos seus detalhes. Qual o tipo de peixe mais prevalente? Quais aqueles peixes podres? Quais os peixes mais belos? Não podemos transportar nosso pescado nessa rede de pesca. O tempo passará e o lixo contaminará os peixes bons. Haverá odor ruim e não conseguiremos aproveitar nada. É hora, portanto, de separarmos o que presta daquilo que não presta. Temos dois baldes para isso: um deles vai virar esgoto, e o outro nos nutrirá. Qual o critério utilizaremos para essa discriminação?
Essa pescaria de nós mesmos servirá para revisarmos aquilo que temos feito até então de nossa vida. Perceberemos que há muita coisa inútil e muito pescado desprezível. Mas é preciso reconhecermos esse mau pescado, para que nos livremos dele o quanto antes, e assim liberaremos espaço na nossa rede. Queremos ela carregada de boas coisas. Queremos lançar essa rede várias e várias vezes, porque o bom pescado servirá para que alimentemos também o nosso próximo. Teremos, então, uma rede que será preciosa para nós mesmos e para aqueles que encontrarmos na jornada de cada dia.
Peçamos a Jesus que enriqueça a nossa rede. Ele nos dê coragem para desprezarmos definitivamente aquilo que é lixo e esgoto. Que a Palavra de Deus seja luz para nossa vida, de forma a carregarmos apenas aquilo que nos interessa para o pertencimento ao Reino e para uma vida de santidade.
Marcelo H. Camargos – Família Missionária Verbum Dei de BH/MG