Para o desejo, a inversão dos caminhos
25 de julho de 2018Compromisso que cria raíz (Mt 13,18-23)
27 de julho de 2018LEITURA: Mateus 13, 16-17
Jesus continuou, dizendo:
— Mas vocês, como são felizes! Pois os seus olhos veem, e os seus ouvidos ouvem. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: muitos profetas e muitas outras pessoas do povo de Deus gostariam de ver o que vocês estão vendo, mas não puderam; e gostariam de ouvir o que vocês estão ouvindo, mas não ouviram.
ORAÇÃO
Nós somos discípulos de Jesus e também temos o privilégio de ver e ouvir aquilo que Ele veio trazer ao mundo. Nós percebemos o Pai por meio de Jesus. Em Jesus, passamos a compreender melhor a essência de Deus, a voz de Deus, o perfume de Deus. Somos felizes por isso, porque a Palavra de Deus nos permite sentir o nosso Deus, e aí é possível que nela resgatemos constantemente o sentido de nossa existência, que está no nosso Deus. Jesus nos diz que somos felizes por isso, mas nos fazemos felizes por isso?
A nossa rotina atarefada tem o gigantesco potencial de quebrar a nossa espiritualidade. O tempo precisa ser tão dedicado a realizar as metas do mundo que qualquer atividade religiosa ou espiritual pode nos parecer perda de tempo e desperdício de esforços. Frequentemente tomamos birra dos momentos de oração e das celebrações religiosas comunitárias, porque são momentos que atrapalham a programação do nosso trabalho e do nosso lazer. Comprometem a nossa agenda. E tudo que nos remete a Deus nos entristece, nos dá preguiça.
Jesus hoje quer fazer perceber a felicidade que sua presença pode significar. Basta que entendamos qual a prioridade da nossa vida, que deve colocar a comunicação com Deus como algo primordial, acima de todas as coisas. O contato diário com Deus, de forma a enxergá-lo e ouvi-lo na profundidade dos acontecimentos e na intensidade da Palavra, é o que determina a felicidade que tanto perseguimos. Jesus dá rumo à nossa vida, e nos ensina a resposta de todas as coisas que buscamos. Em cada dia da vida Ele nos ajuda a discriminar o que é lixo e o que é tesouro. Temos o privilégio de sua companhia para qualquer questão que levantamos. Nele há a perfeita alegria, uma felicidade duradoura e completa, porque Ele nos revela quem somos, e nos guia para onde vamos.
Peçamos a Jesus a capacidade de percebê-lo melhor.
Marcelo H. Camargos – Família Missionária Verbum Dei de BH/MG