O tesouro e a pérola
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30 de julho de 2021Santa Marta
Lc 10,38-42: Marta e Maria
Leitura: o que o texto diz?
Hoje estamos, através da Palavra de Deus, na casa das irmãs Marta e Maria. Como Marta está agitada! Está disposta a servir o Mestre, preencher sua mesa, não deixar nada faltar. Sua postura é a postura do serviço atento e enérgico, mas que se cansa, principalmente ao julgar que sua irmã não estava desempenhando uma atividade importante. O ensinamento de Jesus, cheio de ternura, arremata o episódio: pouca coisa é necessária, e essa coisa é o que Maria faz. Sua postura de escuta é o que deve servir de base para o trabalho do fiel.
Meditação: o que o texto me diz?
Marta representa todos nós em alguma fase da vida comunitária, pois o contato com a Palavra faz brotar no nosso coração o desejo de servir e de construir o Reino de Deus. Entretanto, se não tomarmos cuidado, podemos cair em um ativismo vazio se perdermos do nosso olhar o ponto de partida: o Evangelho da Salvação. Que isso não aconteça! Através da leitura orante e da dedicação, possamos dar sabor ao nosso serviço.
Oração: o que o texto me faz dizer?
Marta, mesmo disposta a servir de todo coração, apresenta ao Senhor as suas queixas sobre as dificuldades do trabalho quotidiano. Jesus acolhe com muita serenidade essa súplica, e dando uma resposta que poderia ser considerada inesperada para aquela dedicada servidora, orienta a sua ação para a melhor opção: a escuta da Palavra de Deus sempre é o mais fundamental.
Contemplação: o que o texto faz em mim?
Com certeza, depois de escutar o ensinamento de Jesus, Marta adotou a mesma postura da sua irmã, postura do discípulo que se senta aos pés do Mestre para lhe ouvir. Que doce diálogo pode ter havido naquele dia. Nós também podemos nos sentar aos pés de Jesus para beber da Sabedoria que vem ao nosso mundo e orientar nossas ações para o bem, orientar nosso serviço para Deus.
Ação: o que o texto me leva a fazer?
À primeira vista, parece que o texto de hoje nos orienta a suspender por um momento a ação e adotar uma postura mais contemplativa. Entretanto, o sentido mais profundo é que devemos sempre procurar lembrar o motivo principal do nosso serviço. Sempre devemos tomar cuidado para não deixar de lado a nossa vocação primeira, o chamado que Deus nos fez no início da nossa caminhada para segui-lo e anunciar Jesus Ressuscitado aos irmãos.
João Victor Batista – Membro leigo do Instituto Religioso Nova Jerusalém. Graduando em Economia pela Universidade Federal do Ceará.