A coragem do testemunho (LC 21, 12 – 19)
28 de novembro de 2018Escutar e atender ao chamado (Mt 4,18-22)
30 de novembro de 2018Leitura: Lucas 21,20-28
“Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, ficai sabendo que a sua destruição está próxima. Então, os que estiverem na Judeia, devem fugir para as montanhas; os que estiverem no meio da cidade, devem afastar-se; os que estiverem no campo, não entrem na cidade. Pois esses dias são de vingança, para que se cumpra tudo o que dizem as Escrituras. Infelizes das mulheres grávidas e daquelas que estiverem amamentando naqueles dias, pois haverá uma grande calamidade na terra e ira contra este povo. Serão mortos pela espada e levados presos para todas as nações, e Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete.
Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.”
Oração: A libertação está próxima
Logo seremos salvos. Nossa libertação está próxima. Nossa redenção está próxima. E essa libertação, ou redenção, vem consequente ao triunfo do Filho do Homem, elevado em meio à ruína do mundo. Qual é a liberdade que Jesus vem nos apresentar? Para que sejamos libertados, é preciso que algo esteja agora nos amarrando, nos encarcerando. Por que o mundo nos prende? Com que ele nos prende?
Muito precisamos rezar sobre a libertação de que fala Jesus, porque talvez ela não nos seja tão clara. Apesar disso, é claro na Palavra como a libertação é imprescindível para o entendimento de nossa relação com Deus. Desde cedo nosso Deus nos fala de uma promessa, promessa de uma verdade libertadora, que retira as amarras da escravidão, e que põe o povo em pé, em marcha, assim como ocorreu no Velho Testamento. Depois nos envia seu filho, o verbo da verdade libertadora, capaz de superar as trevas e a morte, abrindo caminho à ressurreição daqueles que querem a Palavra.
Ainda que não percebamos com clareza, talvez por estarmos muito conformados com aquilo que somos e temos, há muitas coisas que nos fazem escravos deste mundo, nos afastando de todas as graças que Jesus pode nos oferecer com seu Reino. E Jesus frequentemente nos vem dizer que quer nos redimir, pedindo que nosso primeiro gesto de libertação seja de renúncia e despojamento. É preciso abandonar toda a poluição que o mundo traz à nossa alma para enxergarmos a liberdade dos filhos de Deus.
Ainda que não enxerguemos claramente a verdade do fim dos tempos, é etapa necessária à libertação sabermos que existe uma liberdade maior que aquela com que o mundo nos acostumou. Se entendemos isso, a nossa vida necessariamente é transformada, mirando o tesouro que há no céu. Rezemos a Jesus libertador para que compreendamos cada dia mais a sua mensagem libertadora, de forma a aguardarmos ansiosos e vigilantes a libertação que não tardará.
Marcelo H. Camargos – Família Missonária Verbum Dei de Belo Horizonte/MG