Maria visita Isabel (Lc 1,39-45)
21 de dezembro de 2013Lucas 1,67-79
24 de dezembro de 2013Terminou para Isabel o tempo de gravidez, e ela deu à luz um filho. Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido bom para Isabel, e se alegraram com ela.
No oitavo dia, foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. A mãe, porém, disse: ‘Não! Ele vai se chamar João.’ Os outros disseram: ‘Você não tem nenhum parente com esse nome!’
Então fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se chamasse. Zacarias pediu uma tabuinha, e escreveu: ‘O nome dele é João.’ E todos ficaram admirados.
No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia se espalhou por toda a região montanhosa da Judéia. E todos os que ouviam a notícia, ficavam pensando: ‘O que será que esse menino vai ser?’ De fato, a mão do Senhor estava com ele.
Nos primeiros dois capítulos do Evangelho de Lucas, são mostrados os nascimentos de João Batista e Jesus, conforme contemplaremos durante esta semana. O evangelista faz paralelos com o AT para mostrar a realização das promessas de Deus a partir destes meninos.
João é o último dos profetas e quem preparar o caminho para Jesus. Ele nasce em um ambiente comunitário em que as pessoas reconhecem a mão do Senhor atuando, transformando a esterilidade em fecundidade em Isabel, e se alegram com ela. Como nos faz falta experimentar o dom da comunidade em nossas sociedades individualistas (que às vezes chegar a marcar a participação na Igreja). Vivenciar a experiência de “alegrar com os que se alegram” e “chorar com os que choram”, e que se alegram e choram conosco, como num só corpo (1 Cor 12, 26). Pois aproveitar a oração de hoje para vivenciar esta experiência comunitária com Zacarias, Isabel e João. A proposta é da contemplação: estar lá com eles, escutar as pessoas, o que dizem; sentir sua alegria, seu espanto; ver; pegar o menino nos braços; participar da escolha do seu nome; sentir seu cheirinho de bebê; deixar-se contagiar pela esperança que seu nascimento tão envolto da ação de Deus traz!
Isabel e Zacarias estão tão envolvidas na vida comunitárias que as pessoas sentem liberdade de interferir até na escolha do nome da criança. Mas, neste momento, ela, e depois ele, se posicionam segundo o chamado de Deus, seu anúncio e promessa: ‘Ele vai se chamar João.’ Sempre nos deparamos com ofertas “mais lógicas” socialmente, algumas até boas, como esta – o nome Zacarias, que queriam dar à criança, significa “Deus se lembrou”. No entanto, elas mantêm no já conhecido. Deixar-nos contagiar por essa força de Isabel, seguida por seu esposo, que assumem com abertura, coragem e fé, o Novo de Deus, concretizado no Nome que Ele dá. Qual nome, Senhor, você dá ao Novo que quer fazer nascer em minha vida neste Natal?
Na liturgia das horas, reza-se: “Abri meus lábios, ó Senhor, e minha boca anunciará vosso louvor.” Nossos lábios são abertos com a alegria do Senhor quando acreditamos em Sua Palavra e a colocamos em prática. Como Zacarias (que havia emudecido com o peso da falta de fé na promessa). Revisitar ambas as experiências que já fizemos ao longo da vida, momentos de louvor e de mudez… E deixar-nos contagiar pelo louvor de Zacarias, desejando também esta alegria profunda. Ou pelo espanto das pessoas ao redor diante de tão grande ação de Deus: ‘O que será que esse menino vai ser?’ Quais grandes ações de Deus no simples, pequeno e cotidiano como o nascimento de uma criança, reconheço hoje ao meu redor? O que provoca em mim este reconhecimento?
Finalizar agradecendo ao Senhor por sua salvação que se faz presente em nossa História e pelo desejo que Ele tem de que acreditemos no grande “vir a ser” que Ele sonha pra nós e para cada pessoa.
Tania Pulier, comunicadora social – Palavra Acesa Editora – Família Missionária Verbum Dei