Maria, nossa mestra (Jo 2,1-11)
12 de outubro de 2015Coerência (Lc 11,42-46)
14 de outubro de 2015Quando Jesus acabou de falar, um fariseu o convidou para jantar na casa dele. Jesus foi e sentou-se à mesa. O fariseu ficou admirado quando viu que Jesus não tinha se lavado antes de comer. Então o Senhor disse a ele:
— Vocês, fariseus, lavam o copo e o prato por fora, mas por dentro vocês estão cheios de violência e de maldade. Seus tolos! Quem fez o lado de fora não é o mesmo que fez o lado de dentro? Portanto, deem aos pobres o que está dentro dos seus copos e pratos, e assim tudo ficará limpo para vocês.
Jesus nos traz a boa notícia de que o Reino de Deus está entre nós e nos ensina a chamar a Deus de Pai.
Não é possível sermos filhos de Deus somente quando estamos no templo participando dos cultos. Todas as ações de nossas vidas devem considerar que somos, todos nós, filhos de Deus.
O lado de dentro e o lado de fora de uma pessoa são, como costumamos dizer, dois lados de uma mesma moeda. Quando um é fraterno, o outro também o é e vice-versa.
Boas ações que procuramos realizar serão contaminadas com todas as sombras que carregamos em nosso interior e, por outro lado, poderemos sempre aprender com as boas ações que realizamos, iluminando nosso interior.
Um lado educa ou deseduca o outro lado. Precisamos buscar aquilo que nos vai educar.
A intenção do fariseu, de convidar Jesus para jantar, pode, a princípio, ter sido uma atitude de carinho, pois ele escutou muita coisa importante e bela que Jesus falava, porém seu coração ainda estava preso a detalhes de normas e condutas que o impediam de se aproximar mais do Mestre. Jesus o convida a alargar mais suas ações de fraternidade, para que seu interior possa ser educado por essas ações: “deem aos pobres o que está dentro dos seus copos e pratos, e assim tudo ficará limpo para vocês”.
Jesus propõe ao fariseu um treinamento para o desapego. Inicie desapegando-se do que está de fora e procure iluminar seu interior para desapegar-se de ideias e de ideais equivocados que estão no seu interior.
Tudo que nos conduz para o afastamento do próximo, para a separação de quem é bom e quem é ruim, quem merece e quem não merece, deve ser revisto e servir para buscar ações que eduquem nossa fraternidade.
Penso que este pode ser o convite para nossa oração de hoje: reconhecer tudo que nos tem separado dos nossos próximos, seja em casa, no trabalho, na escola, na comunidade ou na igreja e buscar praticar ações que possam educar nosso interior para aceitar os outros como nossos irmãos, como filhos do mesmo Pai.
Senhor Jesus, manso e humilde de coração, molde nosso coração ao seu para que sejamos verdadeiros filhos de Deus. Amém!
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João Batista Pereira Ferreira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte