“Deus dará a vocês o que devem falar.” (Mt,10, 17-22)
26 de dezembro de 2018Santos Inocentes (Mt 2,13-18)
28 de dezembro de 2018Leitura: João 20,2-8
Então foi correndo até o lugar onde estavam Simão Pedro e outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse:
— Tiraram o Senhor Jesus do túmulo, e não sabemos onde o puseram!
Então Pedro e o outro discípulo foram até o túmulo. Os dois saíram correndo juntos, mas o outro correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro. Ele se abaixou para olhar lá dentro e viu os lençóis de linho; porém não entrou no túmulo. Mas Pedro, que chegou logo depois, entrou. Ele também viu os lençóis colocados ali e a faixa que tinham posto em volta da cabeça de Jesus. A faixa não estava junto com os lençóis, mas estava enrolada ali ao lado. Aí o outro discípulo, que havia chegado primeiro, também entrou no túmulo. Ele viu e creu.
Oração
O discípulo amado viu e acreditou. Diante do túmulo vazio, não se preocupou em achar outras explicações para o sumiço do corpo. O túmulo vazio prontamente deu sentido a tudo o que Jesus tinha ensinado.
Ele viu e creu, assim como mais tarde também Tomé iria ver e crer (João 20,24-31). Contudo, há uma grande diferença entre o ver-crer do discípulo amado para o ver-crer de Tomé. Tomé vê quando Jesus o visita, revelando as feridas da crucificação; somente assim pôde crer. O discípulo amado não vê nada; ou melhor, vê a ausência, pois não há mais nada de Jesus no túmulo. Ele vê exatamente que não há nada para ser visto, e crê porque é justamente a inexistência do morto que dá completude à missão de Jesus.
Se Jesus disse que são felizes aqueles que creem ser terem visto, podemos acrescentar mais um belo adjetivo ao discípulo que Jesus amava. Aquele que imediatamente acreditou, diante do túmulo vazio, é o discípulo amado e feliz. Viu, mas não viu, e isso foi suficiente.
Marcelo H. Camargos – Família Missionária Verbum Dei de Belo Horizonte/MG