Mateus 13,31-35 – A parábola do jardineiro de pequenas sementes
28 de julho de 2014Mateus 13,44-46 – Santidade
30 de julho de 2014Leitura – João 11,19-27
“Muitos judeus tinham ido consolar Marta e Maria pela morte do irmão. Logo que Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada, em casa. Marta, então, disse a Jesus: ‘Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá’. Jesus respondeu: ‘Teu irmão ressuscitará’. Marta disse: ‘Eu sei que ele vai ressuscitar, na ressurreição do último dia’. Jesus disse então: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês nisto?’ Ela respondeu: ‘Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que deve vir ao mundo'”.
Ressurreição e vida
Sou capaz de evocar o meu processo de intimidade com Jesus. Quando pequeno, identificando a cruz dependurada no alto das paredes, chamava-o Papai do Céu. Ao vê-lo, recordava algumas pequenas rimas aos anjos que me tinham ensinado, os encarregados de levarem-no os meus pedidos. Crescendo, em minha catequese, ensinaram-me que na verdade o Papai do Céu são três, o que achei esquisito, então precisei decorar que Jesus era a segunda pessoa da Santíssima Trindade, filho de Nossa Senhora, nosso irmão e salvador. Passei a rezar para que me poupasse a morte, já que cabia a ele a função de me salvar; a morte parecia coisa muito ruim. Aprendi também que seu corpo fora dividido naquele pedaço de pão servido aos adultos e crianças mais amadurecidas na hora da missa; imaginei que fosse pedaço de seu coração. Pensava que o pão era tipo o espinafre do Popeye, só que mais duradouro, já que precisava ser renovado a cada semana. Dava força para ir bem na escola.
Vejo então que tenho reconhecido Jesus aos poucos. Talvez por isso ele não me canse de perguntar quem eu acho que ele é. Penso que com Pedro e Marta aconteceu algo semelhante. Jesus sempre esteve presente com eles, mas para verdadeiramente reconhecê-lo era preciso um conceito novo, um caminho espiritual diferente, um processo de intimidade que passava por entender uma amostra dos desígnios de Deus. Acabaram, afinal, reconhecendo-o como ele queria – o Messias, o Cristo, o Filho de Deus, capaz de vencer a morte, sendo Ressurreição e Vida.
Pergunto-me, então, quem eu acredito ser Jesus. Hoje, ele é o meu ouvinte nas orações, o pastor que chamo para minha vida em cada amanhecer, aquele cujos passos estão desenhados na Palavra e me ensinam o caminho da santidade. Jesus é meu reconstrutor quando a ele exponho minhas fraquezas, é o redentor que se oferta como Verbo de Deus. De fato, nele está minha vida, minha esperança de ressurreição. Não quero outro Deus; como me lembra Pedro, apoiado por Marta, somente ele tem palavras de vida eterna.
- Lembre-se de sua história com Jesus. Quem ele é, afinal?
Marcelo H. Camargos. Estudante de medicina. Fraternidade Missionária Verbum Dei de Belo Horizonte, MG.