Eu também não te condeno (Jo 8, 1-11)
7 de abril de 2014A verdade vos libertará (Jo 8,31-42)
9 de abril de 2014Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: ‘Eu parto e vós me procurareis, mas morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, vós não podeis ir.’ Os judeus comentavam: ‘Por acaso, vai-se matar? Pois ele diz: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’?’ Jesus continuou: ‘Vós sois daqui de baixo, eu sou do alto. Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. Disse-vos que morrereis nos vossos pecados, porque, se não acreditais que eu sou, morrereis nos vossos pecados.’ Perguntaram-lhe pois: ‘Quem és tu, então?’ Jesus respondeu: ‘O que vos digo, desde o começo. Tenho muitas coisas a dizer a vosso respeito, e a julgar também. Mas aquele que me enviou é fidedigno, e o que ouvi da parte dele é o que falo para o mundo.’ Eles não compreenderam que lhes estava falando do Pai. Por isso, Jesus continuou: ‘Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que eu sou, e que nada faço por mim mesmo, mas apenas falo aquilo que o Pai me ensinou. Aquele que me enviou está comigo. Ele não me deixou sozinho, porque sempre faço o que é de seu agrado.’ Enquanto Jesus assim falava, muitos acreditaram nele.
“Para onde eu vou, vós não podeis ir.” Quem poderá ir conosco para onde cada um de nós tem que ir? Quantas situações difíceis que vivemos e sentimos que ninguém pode nos ajudar ou mesmo nos compreender. Para onde eu vou, ninguém pode ir… Quantas coisas somente eu posso fazer?
Quando Jesus fala, me parece que Ele tinha as suas próprias impressões a respeito das pessoas, e que poderiam não ser tão boas. “Tenho muitas coisas a dizer a vosso respeito, e a julgar também.” Como fez para não condenar aquela mulher pega em adultério, descrita na liturgia de ontem? Jesus, em sua humanidade devia sentir raiva e ter opiniões negativas a respeito das pessoas. Mas o que saía da boca dele era o que ele ouvia do Pai. O que tomava conta do coração dele era o que ele ouvia do Pai, que puro Amor e misericórdia.
Jesus tinha consciência de que tinha que falar: o que ouviu da parte do Pai. E não fazia isso por si mesmo, fazia por amor e obediência ao Pai. Somente fazia o que o Pai lhe ensinou. Para isso mantinha sempre a conexão com o Pai. E por isso tinha a certeza de que o Pai estava sempre com Ele.
Que essa oração seja um convite profundo para nós de nos reconectarmos ao Pai, assim como sempre fazia Jesus. Que o Pai possa orientar nossas atitudes, nossas decisões, nossos relacionamentos. Que Ele possa revelar quem de verdade somos. Que desse encontro profundo possa nascer em nós a certeza de que Ele não nos deixa sozinhos e que possamos fazer tudo o que é do agrado Dele.
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – BH-MG