Olhar… escutar… refletir… e orar
7 de fevereiro de 2018Efatá! (Mc 7,31-37)
9 de fevereiro de 2018Jesus saiu dali e foi para a região que fica perto da cidade de Tiro. Ele entrou numa casa e não queria que soubessem que estava ali, mas não pôde se esconder. Certa mulher, que tinha uma filha que estava dominada por um espírito mau, ouviu falar a respeito de Jesus. Ela veio e se ajoelhou aos pés dele. Era estrangeira, de nacionalidade siro-fenícia, e pediu que Jesus expulsasse da sua filha o demônio. Mas Jesus lhe disse: Deixe que os filhos comam primeiro. Não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo para os cachorros. Mas, senhor, respondeu a mulher até mesmo os cachorrinhos que ficam debaixo da mesa comem as migalhas de pão que as crianças deixam cair. Jesus disse: Por causa dessa resposta você pode voltar para casa; o demônio já saiu da sua filha. Quando a mulher voltou para casa, encontrou a criança deitada na cama; de fato, o demônio tinha saído dela.
A salvação trazida por Jesus não é privilegio de um determinado povo, mas é para todos que acreditam nele e na sua missão, mesmo que sejam considerados como indignos.
A oração de hoje nos convida a olhar para o mais intimo do nosso coração e ver o que brota de lá… Essa passagem do evangelho catequético de Marcos nos mostra o quanto precisamos aprimorar a nossa fé, de fato o que nos move, o que nos faz agir e reagir no dia a dia é o que trazemos no coração.
Jesus, apesar de pensar que tinha sido enviado para libertar apenas o seu “povo” (o povo de Israel), se deixa interpelar por uma pessoa “insignificante” para a sociedade da época; veja, ela era mulher, estrangeira, e ainda por cima buscava ajuda para outra mulher, sua filha… Só um coração livre e compassivo como o de Jesus para ser capaz de se abstrair de toda a tradição para dar lugar, deixar brotar o novo, importa para ele a liberdade e a justiça, e ele tudo faz para levar a cabo a sua missão, libertar os oprimidos…
Jesus ouve a mulher, no dialogo ele percebe sua fé e muda de ideia, expande sua visão. Quando damos atenção, voz e vez ao outro sem nenhum preconceito, dilatamos o nosso coração, oferecemos a ele e também a nós a possibilidade de se libertar… Percebemos que a força que nos une e que é capaz de nos transformar é à força da fé em Jesus e no que ele desperta em nós.
Peçamos a ele que nos conceda um coração semelhante ao seu, capaz de perceber os sinais da fé mesmo onde nos pareça improvável. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Agostinho Augusto – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte MG.