Algumas pessoas estavam falando de como o Templo era enfeitado com bonitas pedras e com as coisas que tinham sido dadas como ofertas. Então Jesus disse: Chegará o dia em que tudo isso que vocês estão vendo será destruído. E não ficará uma pedra em cima da outra. Aí eles perguntaram: Mestre, quando será isso? Que sinal haverá para mostrar quando é que isso vai acontecer? Jesus respondeu: Tomem cuidado para que ninguém engane vocês. Porque muitos vão aparecer fingindo ser eu, dizendo: “Eu sou o Messias” ou “Já chegou o tempo”. Porém não sigam essa gente. Não tenham medo quando ouvirem falar de guerras e de revoluções. Pois é preciso que essas coisas aconteçam primeiro. Mas isso não quer dizer que o fim esteja perto. E continuou: Uma nação vai guerrear contra outra, e um país atacará outro. Em vários lugares haverá grandes tremores de terra, falta de alimentos e epidemias. Acontecerão coisas terríveis, e grandes sinais serão vistos no céu.

Jesus anuncia a destruição do templo de Jerusalém, acontecida no ano 70, e as batalhas que se verificaram entre os anos 66 e 70. O templo era o símbolo da relação de Deus com o povo escolhido.

A oração de hoje nos convida a ter cautela… É histórico, recorrente na história da humanidade, o apego às aparências e as coisas, é impressionaste como parece que faz parte do nosso “DNA”, por mais que negamos, caímos sempre em contradição… Por isso Jesus nos alerta: “Chegará o dia em que tudo isso que vocês estão vendo será destruído”. Como é difícil senhor, entender que não podemos servir a Deus e ao dinheiro. (MT 6, 24) Infelizmente esta é uma realidade que nos assola! A nossa relação com o templo e com as coisas do templo deve nos conduzir a uma relação com Deus na pessoa de Jesus…

O templo é o local onde deve se guardar os tesouros do Reino; a nossa fé não pode estar na beleza do templo e muito menos no tamanho da oferta, mas na busca de aprofundar a nossa relação com os tesouros de Deus, afinal o templo é um local de oração… Precisamos jogar fora os maus hábitos; para nos relacionar com o mundo, precisamos antes nos relacionar com Deus…

Os nossos olhos veem aquilo que o nosso coração anseia, nele esta o sentido da nossa esperança, como nos diz o Provérbios (4, 23): “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”. A nossa esperança não pode estar fundamentada naquilo que passa, mas naquilo que não passa…

O desafio é tirar do nosso coração tudo aquilo que é supérfluo; porque toda relação baseada no supérfluo será destruída, na vida o que se espera de alguém que tem um mínimo de discernimento é que saiba que, para além dos bens materiais estão aqueles que o dinheiro não pode comprar. O que o pai quer de nós não é o vislumbramento com as coisas visíveis, mas a busca constante pelas coisas invisíveis, que só podemos alcançar com humildade, esforço e a escuta atenta da nossa realidade, ou seja, devemos buscar em primeiro lugar as coisas do Reino e tudo mais virá por acréscimo…

Que o senhor nos ajude a buscar a oração, que é o mais importante nessa vida, seja no templo, em nossa casa, no nosso trabalho, onde quer que agente esteja, para que possamos há todos instantes confrontar os valores do mundo com os valores do Reino, que assim seja para todo o sempre, Amém!

Agostinho Augusto – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte MG.