Confiança absoluta em Jesus
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6 de dezembro de 2017Leitura: Lucas 10, 21-24
Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse: ‘Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.’ Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: ‘Felizes os olhos que vêem o que vós vedes! Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir.’
ORAÇÃO
Esta passagem de Lucas tem uma beleza especial, pois trata da intimidade da Trindade Santa e o convite, feito pelo próprio Cristo a cada um de nós, de também participarmos desta unidade.
A sintonia da Trindade se manifesta logo no início do texto, quando “Jesus exultou no Espírito Santo e disse: ‘Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra…” Fico imaginando esta conversa de Jesus com o Pai. Imagino que esta, como todas as suas conversas com Deus, tenha sido uma conversa próxima, íntima, de um filho que tem certeza de estar sendo ouvido e acolhido pelo seu pai.
Cristo nos convida a fazermos parte desta unidade… Inclusive nos dá a dica de como nos tornarmos íntimos dele e do Pai: que deixemos de lado nossa crença de que somos sábios e inteligentes e nos tornemos pequenos…
Entendo que Jesus não tenha nada contra a sabedoria e a inteligência… Mas penso que Ele diz isso porque conhece profundamente a nossa condição humana, que se arvora a ser autossuficiente e pretensiosa na sua sabedoria e desdenha a condição humilde de quem reconhece que tem muito a aprender. E que, nessa ilusão, perdemos a grande oportunidade de nos tornarmos menos moucos e cegos à Sua Palavra.
“Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir.” Cristo nos dá a oportunidade de ver e ouvir o que muitos jamais poderão.
Neste dia de hoje, vimos lhe pedir, Pai de amor e de bondade, que nos faça sempre pequeninos e, assim, desejosos dos seus ensinamentos, desse alimento da alma que é Sua Palavra.
E lhe agradecemos, Jesus, seu convite de proximidade, suplicando que nos envie seu Santo Espírito a fim de que consigamos permanecer aconchegados à Trindade, como aqueles a quem o Pai quis se revelar através do seu Filho.
Maria Luzia de Moraes Fonseca, Família Verbum Dei de Belo Horizonte