“Filho de Davi, tem piedade de mim!”
1 de junho de 2023“Quem te deu autoridade para fazer isso?”
3 de junho de 20232 de Junho de 2023 – 8ª Semana do Tempo Comum
Evangelho: Mc 11, 11-26
- Leitura: O que o texto diz?
Jesus realiza dois gestos simbólicos: amaldiçoa a figueira de bela folhagem – mas sem frutos – e expulsa os vendedores do templo por deturparem seu propósito.
Em seguida, ele exorta seus discípulos e discipulas sobre a importância da fé e de um dos requisitos para a oração.
- Meditação: O que o texto me diz?
As duas ações simbólicas do texto de hoje questionam a coerência das nossas ações externas (nossas aparências) e nossa vivência interior. A frondosa figueira atrai a atenção de Jesus no momento em que se encontra com fome. Entretanto, ela só produz vistosa folhagem, nenhum fruto. É incapaz de saciar a fome de Cristo. Sua aparência é enganadora.
Os vendedores no Templo proporcionam os animais destinados aos sacrifícios. A ação de Jesus nos recorda o profeta Oseias: “não quero sacrifícios, é amor que eu quero”. Jesus quer purificar o Templo para que seja verdadeiramente “Casa de Oração para TODOS”. Não se trata de sacrifícios, “cumprimentos”, ou ritos por si mesmos, mas de viver de acordo com a fé professada: relação com Deus (oração) que nos abre para a relação com as demais pessoas (todos os povos). Isso supõe constante conversão, purificação. Não é fácil. Sacrifícios externos são facilmente realizáveis. Converter a vida em Casa de Oração para todos não é tão simples assim.
Não é coincidência que, em seguida, Jesus lembra seus discípulos e discípulas da importância da fé. Para quem crê, as montanhas podem se mover. Templos podem ser purificados. Figueiras, podadas, adubadas, regadas para darem frutos.
A chave é a oração: constante, cheia de fé, espaço de Encontro. Mas Cristo lembra de um dos “requisitos” da oração: a caridade. Nossa relação com Deus é impactada por nossa relação com “todos os povos”. Por isso, a necessidade do perdão, da reconciliação. É nas nossas relações restauradas, purificadas que Deus vai construindo sua Casa, seu Reino para todos.
- Oração: O que o texto me faz dizer a Deus?
Senhor, quanta purificação necessitam minhas práticas religiosas? O que professo crer se traduz nas minhas ações diárias? Na forma de relacionar-me com as demais pessoas? Ajuda-me a reconhecer, Espirito, se minha vida produz mais folhagem do que frutos. Aumenta minha fé e guia-me nesse diário caminho de conversão.
- Contemplação: O que Deus, através do texto, faz em mim?
Hoje, o Espirito me chama a fazer um exame da nossa vivência religiosa. Jesus me “incomoda” com suas atitudes “drásticas” (amaldiçoar a figueira parece exagerado e sua quase “violência” no Templo talvez me surpreenda) e questiona minha coerência de vida. A esperança e possibilidade estão na certeza que a obra é de Deus, por isso, o desejo de crescer na fé e na qualidade de oração.
- Ação: O que o texto me impulsiona a fazer?
Jesus me convida a ser, com Ele – Templo Indestrutível – Casa de Oração para todos. Deseja que minha vida de frutos de caridade, perdão e acolhida. Para isso, é necessário perseverar na oração diária e praticar com frequência o exame de consciência. Coerência de vida refletida na caridade para com todos.
Sibele Gaya Moreira
Missionária da Fraternidade Missionária Verbum Dei em Belo Horizonte, MG.
Imagem: El Grecco