Abertura e simplicidade, discernimento e concretude (João 14, 6-14)
3 de maio de 2017Viver em Cristo (Jo 6,52-59)
5 de maio de 2017Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Todo aquele que do Pai tem ouvido e aprendido vem a mim. Não que alguém tenha visto o Pai; somente aquele que vem de Deus tem visto o Pai. Em verdade, em verdade vos digo: quem crê tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que o homem coma dele e não morra. Eu sou o pão vivo que desci do céu; se alguém comer desse pão, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.
Jesus se apresenta como aquele que veio de Deus para dar a vida definitiva aos homens.
O convite da oração de hoje é de nos aprofundar cada vez mais na oração, buscar aguas mais profundas, afinal é o meio mais eficaz de conhecer a Jesus, ele é o manual da vida definitiva… Nesse momento, em minha oração me veio um trecho de uma musica de Padre Zezinho (Porque Deus Me Chamou), essa musica mexeu e mexe muito comigo, e tem muito haver com a reflexão de hoje: “Esta manhã, mais uma vez, volto a rezar e a pedir tua luz sei que eu não sei continuar sem escutar sua voz que me diz: que o Pai me ama, que Ele me chama pra me fazer feliz”. Este é o convite que ele faz toda manhã, a mim, e a você, a escutar sua voz…
Ele quer falar ao nosso coração, chegar ao mais intimo do nosso ser, mas para isso temos que nos abrir e dar ouvidos ao que ele diz. É impressionante como ele cuida de nós, mas se não nos comprometemos com ele, nunca teremos consciência disso… Quando ele diz: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia”. Ele está respondendo a criticas das autoridades dos judeus que não se abriam não se comprometiam com ele, por isso não o compreendia devido a sua falta de “humanidade” e fé, Jesus assumiu sua condição humana, ele tinha plena consciência da sua condição/missão…
O que faltou aos chefes dos judeus, falta também a nós, precisamos ter consciência da nossa condição, conhecer a fundo as nossas limitações, nossas mazelas, reconhecer a nossa humanidade; abandonar qualquer resquício de orgulho, e autossuficiência… Tem uma frase dos Indígenas Moicanos que vai de encontro com essa ideia, “De todos os caminhos da vida há um que importa mais: é o caminho que nos leva ao verdadeiro ser humano”.
Não é atoa que Jesus reafirma o que disse os profetas, “Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus”. Creio que, Por não compreender isso, estamos sempre dizendo a nos mesmos: tenho que ser assim, tenho que ser assado, tenho que fazer isso, tenho que fazer aquilo, tenho que ter isso, tenho que ter aquilo, e nos esquecemos de ser simplesmente humano, e aprender de Deus!
Quando nos colocamos diante de Deus sem mascaras podemos perceber a graça de Deus em nossas vidas, mas para compreender a graça de Deus na nossa vida precisamos abrir mão dos benefícios que a fé pode nos proporcionar, enquanto não abrirmos mão dos benefícios que a fé pode nos proporcionar não entenderemos Jesus como o pão vivo que desceu do céu…
hoje dia 04 de Maio, coincidência ou não, a igreja celebra a festa do Beato João Martinho Moÿe, presbítero (†1793). Sacerdote das Missões Estrangeiras, fundou na França o Instituto de Irmãs da Divina Providência e fez missões na China. Morreu exilado na Alemanha, durante a Revolução Francesa. João Martinho Moye, homem de oração e fé, atento à vida e profundamente abandonado à Providência, deixa como herança a suas Irmãs, quatro virtudes: abandono à Providência, simplicidade, caridade e pobreza. Tinha sempre presente a Paixão de Jesus Cristo; pois para ele os caminhos da Providência passam sempre pelo mistério da Cruz. Transmitiu ainda às Irmãs, a devoção a Maria Auxiliadora, que marcou profundamente, assim como a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Foi beatificado pelo Papa Pio XII em 1954
Pedimos a nossa mãe Maria Auxiliadora e a São João Martinho Moye que interceda ao Pai por Nós, que ele nos ajude a sermos homens e mulheres de oração e fé, atentos à vida e profundamente abandonados à Providência, simplicidade, caridade e pobreza, e que sua graça nos leve sempre ao seu filho, pão vivo que desceu do Céu. Amém!
Agostinho Augusto – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte MG.