Uma só pessoa (Marcos 10,1-12)
24 de fevereiro de 2017VIII Domingo do Tempo Comum – Ano A
26 de fevereiro de 2017Depois disso, algumas pessoas levaram as suas crianças a Jesus para que ele as abençoasse, mas os discípulos repreenderam aquelas pessoas. Quando viu isso, Jesus não gostou e disse: Deixem que as crianças venham a mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino de Deus é das pessoas que são como estas crianças. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca entrará nele. Então Jesus abraçou as crianças e as abençoou, pondo as mãos sobre elas.
Aqui a criança serve de exemplo não pela inocência ou pela perfeição moral. Ela é o símbolo do ser fraco, sem pretensões sociais: é simples, não tem poder nem ambições.
No evangelho de ontem (MC 10, 1 – 12) Jesus saiu em defesa das mulheres que por causa da dureza do coração os homens eram tratadas como objeto e, de forma totalmente desumana. Hoje ele sai em defesa das crianças que naquela época também não tinham voz e nem vez, assim como as mulheres…
Fico me perguntando, como assim, não somos todos humanos, não somos todos iguais, o pai não nos ama da mesma forma!? Imagino Jesus, diante dessas situações, seres criados por seu Pai, utilizando as coisas criadas por seu pai e se sentindo no direito de maltratar o outro… Chego a arrepiar quando imagino essa cena… Jesus diante de homens “cegos” pelas circunstâncias, porque tem o “coração duro” vivendo uma realidade totalmente adversa ao reino. Mas como mudar a realidade se ela já acontece até com as crianças? Jesus tem razão, é mesmo motivo de muita raiva! Senhor orienta a minha vida, abre os meus olhos, dilata o meu coração para que eu não te faça sofrer… Sou pobre, fraco, completamente vulnerável, me deixo levar facilmente pela “onda” do mundo, que só faz nos desumanizar.
Ajuda-nos senhor a te encontrar nas nossas fraquezas, para que as conhecendo possamos dar lugar a sua força que quer agir em nós. As forças que tenho, os dons que tenho, não são para manipular, usar o outro, mas para promover o outro, para criarmos/resgatarmos a humanidade querida por Deus. Os méritos do que somos não são nossos, mas do Pai que vem até nós através daqueles que nos ajudaram até aqui… Obrigado senhor por estar ao meu lado o tempo inteiro através das pessoas… Perdoa as vezes que te fiz sofrer. Ajuda-nos senhor a aprender com as crianças, a acolher o reino como elas acolhem. Que com simplicidade possamos viver longe do poder e da ambição, para contar sempre com sua presença, e rezar como o salmo de hoje: “O amor do Senhor por quem o respeita, é de sempre e para sempre”. (Sl 102, 17) Glória ao Pai e ao Filho e ao Espirito Santo, com era no principio, agora e sempre. amém.
Agostinho Augusto – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte – MG