“Por isso o meu coração está feliz e alegre, e eu, um ser mortal, me sinto bem seguro”
18 de novembro de 2018Abertura à surpreendente manifestação de Deus
21 de novembro de 2018Jesus já estava chegando perto da cidade de Jericó. Acontece que um cego estava sentado na beira do caminho, pedindo esmola. Quando ouviu a multidão passando, ele perguntou o que era aquilo. É Jesus de Nazaré que está passando! Responderam. Aí o cego começou a gritar: Jesus, Filho de Davi, tenha pena de mim! As pessoas que iam na frente o repreenderam e mandaram que ele calasse a boca. Mas ele gritava ainda mais: Filho de Davi, tenha pena de mim! Jesus parou e mandou que trouxessem o cego. Quando ele chegou perto, Jesus perguntou: O que é que você quer que eu faça? Senhor, eu quero ver de novo! Respondeu ele. Então Jesus disse: Veja! Você está curado porque teve fé. No mesmo instante o homem começou a ver e, dando glória a Deus, foi seguindo Jesus. E todos os que viram isso começaram a louvar a Deus.
A cura do cego simboliza a fé, que é a visão do compromisso com Jesus.
A oração de hoje nos interpela á fé, que nos leva ao compromisso. O que me chama a atenção no evangelho de hoje é a pergunta do cego: “Quando ouviu a multidão passando, ele perguntou o que era aquilo?” Queria saber o que estava acontecendo. É a partir da leitura que ele faz do que esta acontecendo a sua volta que vem através da resposta das pessoas: “É Jesus de Nazaré que está passando! Responderam.” que ele reconhece Jesus e dá o passo da fé, faz o que pode, toma a iniciativa…
Este cego sentado à beira do caminho, marginalizado, reconhece Jesus. Ensina-nos que temos que estar atentos, na medida do possível procurar entender o que esta acontecendo a nossa volta.., Porque Deus nos fala de varias maneiras: Ele nos fala através da sua palavra, através das pessoas as mais improváveis e através da nossa consciência. Precisamos de alguma forma nos colocar nos caminhos de Deus, mesmo que seja ás margens, mas procurar ouvi-lo, mesmo sem ver e nem entender direito o que esta acontecendo e ou o que pode nos acontecer.
A fé é isso; um olhar no escuro, um passo no escuro, acessar o inaccessível! A partir das nossas misérias deixar-nos levar por aquele que eu não controlo que eu não vejo, mas que eu sei que me escuta me conhece e me compreende, mesmo que o mundo diga que não e queira me calar, Ele se enche de amores por mim por cada gesto meu; basta que eu tenha a iniciativa, tome consciência do que esta acontecendo a minha volta e chame por ele com toda a minha força, com todo o meu entendimento, de todo o meu coração; e, elabore no meu intimo, o que é que eu quero que ele me faça… Em um instante de silêncio, podemos dirigir ao Senhor nossa resposta, porque a sua pergunta já esta formulada: Fulano… (Coloque aqui o seu nome) O que é que você quer que eu faça? A nossa resposta é importante; Ele quer nos dá uma nova maneira de ver e agir.
O cego sentado à beira do caminho nos ensina também o caminho do seguimento a Jesus: ele escuta, procura saber, chama por ele, grita, é repreendido, grita mais alto ainda, seu pedido chega aos ouvidos e ao coração de Jesus e finalmente é atendido, recobra a vista, a nova maneira de ver e agir, e não titubeou e seguiu Jesus. Nos mostrando que todos nós necessitamos que Jesus tenha misericórdia de nós, mas precisamos escutar o outro, nos deixar tocar pelas necessidades dos outros e não nos deixar levar pelo egoísmo.
O pior cego é aquele que não quer ver o que acontece a sua volta, que não quer saber, que se nega ver a verdade, que se fecha a realidade que o cerca. Enquanto nos fechamos nos nossos problemas no nosso egoísmo nos afastamos da realidade que nos cerca e consequentemente dos caminhos de Deus, nos tornamos insensíveis, e além de Cegos, nos tornamos surdos… O simples fato de nos abrir ao outro, nos dispor a escutar alguém pode lhe devolver a esperança e a alegria de viver, pode leva-los a descobrir os caminhos da fé e o quanto nos tornamos pessoas melhores quando andamos por ele.
Senhor nos livra do egoísmo que nos cega, que nos torna insensível; dá-nos a sensibilidade necessária para perceber as necessidades dos outros especialmente dos mais necessitados e faz de nós um instrumento da sua misericórdia para levar aos outros a esperança e a alegria de viver, Amém.
Agostinho Augusto – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte MG.