O rei ficou triste… (Mt 14, 1-12)
3 de agosto de 2013Este é o meu Filho, o Escolhido. (Lucas 9, 28b-36)
6 de agosto de 2013Depois que a multidão comera até saciar-se, Jesus mandou que os discípulos entrassem na barco e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário.
Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: ‘É um fantasma’. E gritaram de medo. Jesus, porém, logo lhes disse: ‘Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!’ Então Pedro lhe disse: ‘Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água.’ E Jesus respondeu: ‘Vem!’ Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e começando a afundar, gritou: ‘Senhor, salva-me!’ Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: ‘Homem fraco na fé, por que duvidaste?’ Assim que subiram no barco, o vento se acalmou.
Os que estavam no barco, prostraram-se diante dele, dizendo: ‘Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!’ Após a travessia desembarcaram em Genesaré. Os habitantes daquele lugar, reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a ele todos os doentes; e pediam que pudessem, ao menos, tocar a barra de sua veste. E todos os que a tocaram, ficaram curados.
Para rezar: O Evangelho de hoje apresenta-nos um episódio extraordinário, mas que nos fala de algo muito comum na vida de quem quer estar com Jesus e segui-lo. Lê-se que a barca era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. Em nossas vidas, conseguimos reconhecer qual é o vento contrário? Talvez possamos enumerar vários ventos contrários em verdade. Interessante reparar nisto: os ventos têm uma direção, mas Jesus pede aos discípulos que se encaminhem para a outra margem.
Consigo distinguir qual é a margem para a qual Deus quer que eu me dirija? Não raro, Jesus pede que naveguemos para um “lugar” para o qual os ventos não sopram; ao contrário, incita-nos a navegar, muitas vezes, contra as tendências mais atuais e fortes. Esperado que as coisas se agitem ao nosso redor… Contrastando com a barca agitada pelos ventos, Jesus caminha sobre as águas do mar agitado.
Depois, é Pedro quem também o faz, mas não com completo sucesso. É necessário reconhecer, também em nossa vida, Aquele que sempre caminha e se mantém em pé, mesmo sobre as vicissitudes da vida, mesmo sobre os medos, sofrimentos e realidades desconhecidas, que o mar representa no imaginário dos antigos. Se vamos em direção d’Ele e com Ele, então também conseguimos caminhar sobre o mar, ou seja, passar pela vida com altivez, mesmo quando não se tem solo firme onde pisar. Como, porém, obter essa fé que nos permite caminhar sem vacilar?
Como passar por realidades tão sufocantes, que nos fazem submergir, que são como se “faltasse o chão sob os pés”? Talvez o caminho seja, a exemplo de Jesus, a oração. Diz-se que Jesus, antes de andar sobre as águas, havia se retirado, havia orado em silêncio e só. Ora, talvez seja isto que nos falte, momentos de intimidade com o Pai, de conversa franca, a sós, em silêncio, tal qual o Filho… Que nesta semana possamos perceber a necessidade de ter intimidade com o Pai e a consequente força que nos vem, que nos torna capazes de ir contra o vento, andar quando não há chão firme e chegar aonde Ele nos quer.
João Gustavo Henriques de Morais Fonseca, graduando em Direito na UFMG