Lançar as sementes do Reino
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15 de junho de 2021Segunda-feira – 14/06 – Segunda-feira da 11ª Semana do Tempo Comum
Mt 5, 38-42 – Ir além das velhas leis
Leitura: o que o texto diz?
Os textos do evangelho de Mateus que leremos ao longo desta semana fazem parte do chamado “Sermão da Montanha”. Sendo assim, ao lermos cada um deles, precisamos trazer à mente e ao coração as Bem-Aventuranças, coração do evangelho, que precede esses textos. Nos versículos que hoje lemos, Jesus continua a mostrar como o modo de viver que Ele propõe para nós se difere do modo como os fariseus e mestres da Lei interpretavam à Lei e os Profetas e das regras que as sociedades antigas propunham para solucionar os seus conflitos.
Meditação: o que o texto me diz?
Uma leitura apressada do texto bíblico pode nos levar a concluir que o Mestre está nos pedindo para sermos passivos diante do mal. Não se trata disso de modo algum. A “Lei de talião” era uma proposta de equilíbrio nas punições diante de sociedades em que, muitas vezes, as penas eram por demais violentas, desproporcionais aos delitos. Já a proposta de Jesus não é de tratar o outro tal e qual foi o tratamento recebido, mas de ser generoso em misericórdia com todos. O mal deve ser remediado com a misericórdia em abundância, como recordavam as Bem-aventuranças.
Oração: o que o texto me faz dizer?
A “Lei de Talião” é a lei do “tal e qual”; punir o outro cometendo contra ele o mesmo delito que ele cometeu. Senhor, não queremos nos satisfazer com o “toma lá da cá”, queremos ser capazes de mais, de sermos mais misericordiosos. Diante das limitações nossas e dos nossos irmãos e irmãs dá-nos a graça de irmos além, oferecendo o remédio do amor misericordioso que não tem limites.
Contemplação: o que o texto faz em mim?
Nosso conceito de justiça, muitas vezes, continua a ser “olho por olho e dente por dente”. A forma como nossa sociedade se organiza reforça a ideia de que não se deve levar desaforo para casa e de que se deve judicializar todos os nossos conflitos. O modo de viver proposto por Jesus nos ensina que onde o mal gera carências é preciso uma dose dupla do bem para que se estabeleça a justiça do Reino. É preciso converter o coração.
Ação: o que posso fazer do texto?
Na realidade polarizada em que vivemos, onde o tempo todo se está em busca de quem está certo e de quem está errado, como seguidores de Jesus podemos assumir o compromisso com a conciliação através da prática do bem em abundância.
* Pedro Henrique Mendonça Fernandes – catequista coordenador diocesano da Catequese na Diocese da Campanha/MG