Senhor, que eu veja! – Lc 18, 35-43
18 de novembro de 2013Talento guardado se perde – Lc 19, 11-28
20 de novembro de 2013Havia ali um homem chamado Zaqueu, que era chefe dos publicanos e muito rico. Ele procurava ver quem era Jesus, mas não conseguia, por causa da multidão, pois era baixinho. Então ele correu à frente e subiu numa árvore para ver Jesus, que devia passar por ali. Quando Jesus chegou ao lugar, olhou para cima e disse: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa”. Ele desceu depressa, e o recebeu com alegria. Ao ver isso, todos começaram a murmurar, dizendo: “Foi hospedar-se na casa de um pecador!” Zaqueu pôs-se de pé, e disse ao Senhor: “Senhor, a metade dos meus bens darei aos pobres, e se prejudiquei alguém, vou devolver quatro vezes mais”. Jesus lhe disse: “Hoje aconteceu a salvação para esta casa, porque também este é um filho de Abraão. Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”.
Zaqueu desejava ver Jesus. E eu? Desejo ver Jesus? Desejo me encontrar com Ele? Sejamos sinceros. Pode ser que nesse momento não queiramos ver Jesus. Pode ser que estejamos com raiva, revoltados, confusos com certas situações que estamos vivendo. Ou talvez felizes demais, tranquilos demais, e pensamos que nossa vida está tão boa! Não me faz falta ver Jesus. Na sociedade em que vivemos a não realização é algo terrível e, portanto, melhor nem desejar…
Mas pode ser também que estejamos sentindo que Deus está distante de nós, sentimos falta Dele. Sentimos falta de Suas palavras, de Seu olhar. Queremos vê-lo, mas nos sentimos pequenos, sentimos que existe uma multidão que nos impede. Multidão de coisas pra fazer, multidão de sentimentos, multidão de pessoas com as quais convivo, multidão de pensamentos, multidão de problemas, multidão de preocupações!
Ou pode ser ainda que estejamos tranquilos, calmos, dispostos, aguardando Jesus que, temos certeza, vai passar.
Seja qual for a nossa situação que possamos ser conscientes dela e que não tenhamos medo de deixar brotar em nós o desejo. Esse mesmo desejo que moveu Zaqueu, que o fez subir em uma árvore para ver Jesus que passava.
Poder então reconhecer o olhar de Jesus sobre nós. Um olhar que reconhece o nosso esforço ou a falta dele. Que reconhece o nosso desejo, ou a ausência dele. Jesus não tem medo de olhar pra cima pra nos ver. Quanto medo temos de olhar pra cima! Quanto medo de reconhecer o que somos de verdade! Quanto medo de reconhecer que somos pequenos mesmo! Mas que isso não nos tira o valor porque Jesus quer se hospedar na nossa casa!
Jesus hoje nos chama pelo nome e diz: hoje Eu devo ficar na tua casa!
Que possamos, como Zaqueu, recebê-lo com alegria. Recebê-lo como se recebe um amigo. Apresentar-lhe a casa. Mostrar a Jesus aposentos muitas vezes desconhecidos pra nós, aqueles quartos que nos dão medo, aquele outro que anda meio bagunçado, aquele espaço que é o nosso orgulho, aquele outro em que só entramos de vez em quando e reconhecemos que precisamos entrar mais…
Que a oração de hoje seja reconhecer que Deus está a nossa porta e bate, se escutamos Seu chamado e abrimos a porta entrará e ceará conosco!
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte