“Um homem que estava no meio da multidão disse a Jesus:

Tão antigo e tão novo, este trecho do Evangelho nos leva a refletir sobre um dos sentimentos mais ilusórios e difíceis de serem enfrentados: a ganância.

A ganância pode ofuscar nossa visão e limitar nosso horizonte, de forma que não enxergamos muito mais que os nossos interesses e nos conduzir a uma busca desenfreada para alcançá-los o mais rápido possível, sem nos darmos conta das realidades que nos rodeiam, das pessoas que precisam de ajuda, mesmo que não envolva bens materiais .

É possível que se tenha êxito neste caminho e que se consiga acumular posses, porém com elas surgem outras preocupações: como guardar? onde guardar? como ganhar mais? e, desta forma, a busca nunca termina e a paz nunca chega.

A posse de bens muitas vezes traz consigo a falsa sensação de segurança, e pode acontecer que estes passem a ocupar o lugar de Deus em nossas vidas. Sendo assim, ao invés de colocarmos a nossa confiança no Senhor, a depositamos nos bens temporais, no dinheiro, no poder, na aparência, e nos escravizamos para possuí-los.

A posse de bens não é por si só um problema, mas estes bens devem estar a serviço do homem e não o contrário.  Jesus nos convida a crescer na confiança e na esperança que vêm da fé e ao uso consciente e solidário dos bens materiais para que participemos com Ele da construção de uma sociedade mais justa e fraterna.

Erica Lima, pré-CVX Cardoner