Verdadeiramente acreditar (João 5, 31-47)
10 de março de 2016Entre as muitas divisões (João 7, 40-53)
12 de março de 2016“Depois disso, Jesus começou a andar pela Galileia; ele não queria andar pela Judeia, pois os líderes judeus dali estavam querendo matá-lo. Aconteceu que a festa dos judeus chamada Festa das Barracas estava perto. Depois que os seus irmãos foram à festa, Jesus também foi, mas fez isso em segredo e não publicamente. Algumas pessoas que moravam em Jerusalém perguntavam:
— Não é este o homem que estão querendo matar? Vejam! Ele está falando em público, e ninguém diz nada contra ele! Será que as autoridades sabem mesmo que ele é o Messias? No entanto, quando o Messias vier, ninguém saberá de onde ele é; e nós sabemos de onde este homem vem.
Quando estava ensinando no pátio do Templo, Jesus disse bem alto:
— Será que vocês me conhecem mesmo e sabem de onde eu sou? Eu não vim por minha própria conta. Aquele que me enviou é verdadeiro, porém vocês não o conhecem. Mas eu o conheço porque venho dele e fui mandado por ele.
Então quiseram prender Jesus, mas ninguém fez isso porque a sua hora ainda não tinha chegado.”
Jesus, neste Evangelho, parece contraditório. Ora não vai à festa, em seguida vai. Vai em segredo, mas depois está ensinando no Templo. Instabilidade? “Deixa a vida me levar”? Em nossa oração, podemos dialogar com Ele: Senhor, o que significam essas mudanças na sua rota? Por que a cada momento uma resposta, uma opção? O que há de comum entre elas?
“Eu não vim por minha própria conta.” O agir de Jesus é marcado por outro, marcado pelo Pai? Mas será que o Pai brinca com Ele? Quantas vezes, diante das circunstâncias diferentes, ou das respostas diversas que devemos dar a elas, sentimos como se Deus brincasse conosco, ou como se a vida nos pregasse peças e nos colocasse em cordas bambas.
Mas o que Jesus diz sobre o Pai, o Deus da Vida?
“Aquele que me enviou é verdadeiro”. Jesus vive uma confiança filial, e por isso pode se abandonar totalmente à voz de Deus, sabendo que por onde Ele o conduzir, mesmo que não seja fácil e ainda que passe pela morte, será para mais vida. Dele mesmo e de muitos. Só uma confiança total, fruto do amor, nos torna capazes dessa flexibilidade para seguir os sopros do Espírito.
– Tenho sido flexível para buscar e seguir a vontade de Deus no meu dia a dia?
– Como está minha confiança no Pai?
– Tenho vivido uma relação de amor filial com Ele? O que me dificulta e o que me impulsiona a ela?
Vamos pedir ao Senhor que nos introduza nesta flexibilidade que não é instabilidade, porque se firma no eixo imutável do Amor que “jamais passará” nem vacilará.
Tania Pulier, comunicadora social, membro da Família Missionária Verbum Dei e da pré-CVX Cardoner.