
A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos
18 de outubro de 2025
19 de outubro, 29º Domingo do Tempo comum.
- Escolha um lugar apropriado para a oração e uma posição corporal que mais lhe ajude. Desligue o celular e cuide para não ser interrompido(a).
- A ambientação ajuda a rezar: disponha no espaço uma vela e a Bíblia.
- Pacifique-se através do silêncio interior e exterior. Para isso, ajuda respirar profundamente várias vezes, de maneira pausada. Talvez uma música ambiente bem baixinha ajude a criar um clima de oração. Faça o sinal da Cruz.
- Tome consciência de que você está acolhendo a presença de Deus como amigo; invoque sempre o Espírito Santo para que ele te conduza nos passos da Palavra.
- Permita que o evangelho de hoje ilumine o seu dia e te ajude a viver o que a Palavra te propõe.
Leia do Evangelho de Lucas 18,1-8
Leitura: O que o texto diz?
Na parábola deste domingo, a viúva é apresentada como modelo de atitude diante de Deus pela sua persistência, pela sua coragem frente a um juiz surdo à voz de Deus e indiferente ao sofrimento dos oprimidos. Ela não desiste, continua lutando por si mesma e por seu direito à vida, indo ao juiz dia após dia.
Meditação: O que o texto me diz?
A parábola da viúva deste domingo, a quem a lei e o direito não lhe davam segurança; só lhe restava seu rosto indignado e seu grito suplicante para exigir justiça, sendo assim capaz de impactar e mudar o coração de um juiz iníquo. Na tradição bíblica, a viúva é, junto com o órfão e o estrangeiro, o símbolo por excelência da pessoa indefesa que vive desamparada, a mais pobre dos pobres. A “viúva” é uma mulher sozinha, sem a proteção de um esposo e sem apoio social algum. Só tem adversários que abusam dela. Toda sua vida se transforma num grito de protesto: “faze-me justiça!”. Seu pedido é o de todos os oprimidos injustamente. Um grito que vai ao encontro daquilo que Jesus dizia aos seus seguidores: “Buscai o Reino de Deus e sua justiça”.
Oração – O que o texto me leva a dizer a Deus?
Peça ao Senhor a graça da perseverança na oração e o dom da paciência, fruto do Espírito que clama em nós. Clame a Deus pelos que vivem na miséria, na fome, nas guerras…
Contemplação: O que o texto faz em mim?
Quê ressonâncias pode encontrar hoje em cada um de nós este relato dramático que nos lembra tantas vítimas abandonadas injustamente à própria sorte? Por que nossa comunicação com Deus não nos torna sensíveis para escutar o clamor daqueles que sofrem injustamente?
Ação: O que o texto me leva a fazer?
“Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?”. Esta parábola não trata de uma situação particular, mas recolhe a experiência mais profunda da Bíblia, desde os hebreus no Egito que gritam e Deus os escuta. Para que a realidade se transforme, continua sendo necessário o grito das viúvas, a voz de todos os oprimidos do mundo, que clamam diante de Deus e diante dos homens. Esta é a fé fundamental, a fé da viúva que grita e pede justiça.