A Palavra é alimento que gera vida.
28 de julho de 2015O Reino dos Céus é para todos
30 de julho de 2015Leitura: João 11,19-27
Naquele tempo, 19 Muitos judeus tinham vindo à casa de Marta e Maria para as consolar por causa do irmão. 20Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa. 21Então Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. 22Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele to concederá”.23Respondeu-lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”.24Disse Marta: “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”.25Então Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. 26E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?” 27 Respondeu ela: “Sim, Senhor, eu creio firmemente
que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”.
Oração: Eu sou a ressurreição e a vida – Memória litúrgica de Santa Marta
Tomemos hoje Marta como exemplo de uma vida a caminho, tendo o Senhor Jesus como companheiro de viagem. Peçamos ao Senhor esta graça, e assim iniciamos nossa oração.
Marta, mulher enérgica e sempre disponível para dizer o que pensa, como podemos conferir também em Lc 10, 38-42. Ela é levada pela coragem a buscar um sentido para sua dor, tristezas e inquietações. Trata-se de um primeiro passo, embora impaciente, característica própria de Marta, ela coloca-se em movimento, em saída, rompe com seu lugar estreito.
Desta forma, Jesus a convida a percorrer o caminho da fé que irá levá-la da simples amizade até a confissão de que Ele, filho de Deus, ilumina nossa vida.
Contemplo a figura de Marta, essa grande amiga de Jesus, sempre pronta a servir, a comprometer-se, a ir ao encontro Dele abrindo seu coração. Como qualquer um de nós, ela tem um primeiro lamento: “Senhor se estivesses estado aqui.”
Mas ela não para diante do lamento, da oração da lamuria, ela ousa mais uma vez pela certeza em seu coração, num Deus que é vida e então proclama: “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”
Permito-me contemplar aqui também Jesus que se aproxima mais perto dela, a olha nos olhos, quebra as distâncias, faz-se próximo daquela que sofre, olha de perto seu rosto e compartilha seu sofrimento. A dor vista de longe não dói em ninguém; a dor vista de longe não chega ao coração. É preciso olhar o sofrimento de perto. Aproximar-se, já é começar a identificar-se com quem sofre. E quem sofre, começa a ficar curado quando sente a proximidade solidária dos outros. Jesus acalma Marta e faz a grande revelação: “E sou a ressurreição e a vida. A Ressurreição não é outra vida, é a vida do próprio Jesus que se comunica a quem a ele se liga e nele permanece”. Quem esta em comunhão com Jesus não morre transforma-se. Pois, a união com Jesus liberta do mal e do pecado que nos mata, que destrói nossas relações.
Que hoje tenhamos o desejo de comungar com Jesus e acreditar como Marta, que a ressurreição é mesmo aquilo no que vale apena acreditar. Todos somos chamados a exercer este “ofício de consolar” de Jesus. A experiência da Ressurreição nos move a realidade do outro, seus dramas, fracassos, perda de sentido da vida... e a exercer este ministério fraterno, ou seja, “vida que desperta outra vida”.
Desperta sempre em nós Espírito Santo Consolador o amor fraterno da ressurreição que faz gerar vida e vida em abundância.
Sirlene das Graças Almeida,Família Missionária Verbum Dei, Belo Horizonte.