A humildade na oração!
21 de março de 2020“Vai, teu filho vive”
23 de março de 202022/03/20 (4º dom. da quaresma): Jo 9,1-41 – “… eu era cego e agora vejo!”
- Leitura: O que o texto diz?
Acompanhe o texto de Jo 9,1-41. Jesus está com os discípulos e eles avistam um cego. Qual foi a inquietação deles? O que o Mestre respondeu? Depois do diálogo, observe o que Jesus faz: cuspir no chão e fazer lama com saliva para curar o cego. Um costume inabitual para a nossa cultura. Depois “envia” o cego para se lavar na piscina de Siloé. O cego obedece e volta enxergando. Você, e todos que estavam ao redor dele, ficam admirados! Alguns nem acreditam o que aconteceu. Outros ficam curiosos para saber como e quem fez isso. Em seguida levam-no aos fariseus. Você os acompanha e observa a confusão sobre o fato. Eles falam mal de Jesus e não acreditam no que aconteceu. Vão aos pais do cego e mais uma vez é confirmado que ele passou a enxergar, mesmo que não reconhecesse a messianidade de Jesus, com receio de serem expulsos da sinagoga. De novo questionam o cego que passou a enxergar e insultam a pessoa de Jesus, tido como pecador e que não vem da parte de Deus. Ao confirmar esse grande feito, eles expulsam-no da sinagoga, mas logo foi acolhido por Jesus. Jesus pergunta se ele acredita no Filho do Homem e o cego curado acaba professando sua fé no Senhor, reverenciando Jesus. A cena termina em torno da palavra de Jesus sendo o juiz que faz os “cegos enxergarem” e os sãos tornarem-se cegos da sua Boa-Nova. A sentença incomodou alguns fariseus que ainda estavam com Ele. Certamente ela e toda a narrativa também provocaram você.
- Meditação: O que o texto me diz?
Retome o texto e veja que cenas e quais discursos mais chamaram sua atenção. Que situações em sua vida você não conseguiu enxergar o que Deus estava te mostrando? Que áreas de sua vida precisam ser tocadas pela mão de Jesus? O que o “lavar-se na piscina de Siloé” diz para você? Que pessoas às vezes fazem questionar os feitos de Deus na sua história e muitas vezes te fazem desanimar ou até provar sua fé? Os insultos a Jesus talvez tenha deixado você chateado. Mas ao mesmo tempo, eles fazem você acreditar mais ainda e tenha a necessidade de reconhecer o que Ele faz por você e os seus. O medo de ser expulso do ambiente que estávamos acostumados pode fazer balançar nossa fé. Mas, ao final de tudo, Jesus irá a nossa procura e nos acolherá. Isso nos fará respondê-lo a tamanho amor e assumir sua Boa-Nova em nossa vida.
- Oração: O que o texto me faz dizer?
Jesus é aquele se antecipa e vai à procura dos pecadores e dos necessitados. Seu encontro é provocativo, acaba nos inquietando e nos fazendo mover. Na situação de cegueira, o que preciso apresentar ao Mestre para que eu passe a enxergar? Que situação embaraçosa tem me inquietado e me feito buscar uma solução em Deus? Que outras situações ao nosso redor precisamos pedir a Deus que nos faça enxergar? A pergunta de Jesus ao cego não faz só ele, mas também cada um de nós assumir nossa fé. Diante desse encontro, a resposta “Eu creio, Senhor” soa mais que uma obrigação. É uma resposta de amor a tudo aquilo que Ele é e faz em sua vida.
- Contemplação: O que o texto faz em mim?
A Palavra de Deus agora no silêncio vai agindo em sua oração. Deixe o toque de Jesus em seus olhos receber a luz que dissipa toda a escuridão da cegueira. Permita que as águas da piscina de Siloé acalmem suas inquietações. No silêncio, o medo vai sumindo e você vai encontrando a paz.
- Ação: O que o texto me faz agir?
A vida agitada, os desafios, as dificuldades e tantas coisas vão muitas vezes nos tornando cegos, sobretudo à necessidade do outro. Inclusive a nossa fé vai perdendo força e em muitas ocasiões pode ocorrer o desânimo. Assim, a ação da Palavra de Deus vai nos fazendo enxergar aquilo que devemos assumir para nossa fé ser autêntica. Procuremos realizar aquilo que ela nos indica, percebendo que Deus sempre nos ajuda.
Pe. Jackson Câmara Silva, INJ
*Membro do Instituto Religioso Nova Jerusalém. Vigário da Paróquia São José – Vespasiano-MG, Brasil. Mestre em teologia sistemática pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE).