O Filho revela quem é o Pai (Lucas 10,21-24)
29 de novembro de 2016A casa na rocha (Mt 7,21.24-27)
1 de dezembro de 2016Leitura: Mateus 4, 18-22
Jesus estava andando pela beira do lago da Galileia quando viu dois irmãos que eram pescadores: Simão, também chamado de Pedro, e André. Eles estavam no lago, pescando com redes. Jesus lhes disse:
— Venham comigo, que eu ensinarei vocês a pescar gente.
Então eles largaram logo as redes e foram com Jesus.
Um pouco mais adiante Jesus viu outros dois irmãos, Tiago e João, filhos de Zebedeu. Eles estavam no barco junto com o pai, consertando as redes. Jesus chamou os dois, e, no mesmo instante, eles deixaram o pai e o barco e foram com ele.
Oração:
Mateus nos presenteia com uma cena bonita e uma frase estranha de Jesus. Há pescadores pescando; Jesus se aproxima e conversa com eles; eles abandonam o ofício para segui-Lo. A frase de Jesus: “Venham comigo, que eu ensinarei vocês a pescar gente”.
Sua fala, que é um convite para seus primeiros discípulos, traz, também para nós, o sentido da missão. Ora, pescar gente! Que coisa estranha, sem sentido… como se as pessoas fossem peixes! Mas exatamente aí está o sentido da missão: pescar gente.
Nas correntezas do mar, os peixes são levados. Os peixes ficam bem lá, mas não os seres humanos, que mal podem respirar. Debaixo d’água, não respiramos, enxergamos mal e não nos movemos com desenvoltura… “Pesquem essa gente! Assim como eu pesquei vocês, vocês devem pescar outros”.
Há um momento em nossa vida – e é bonito e necessário recordá-lo – em que saímos do mar, o lugar que nos ameaça e onde não temos qualquer controle. Estamos envoltos por água turvas e não podemos ver. A correnteza é forte e nos leva – não escolhemos nosso destino. Não podemos respirar – falta-nos fôlego, falta-nos vida. Por amor, Deus nos tira daí. Ele nos pesca e diz: “Venha respirar ar abundante! Venha andar sobre um chão firme! Venha enxergar claramente!”
Depois, Ele nos convida a ser a presença d’Ele, que deseja envolver em sua rede todos os seus filhos… Na oração, devo perguntar-me: eu me disponho a ser também pescador? Quais são as redes que eu lanço? É com amor que eu lanço minhas redes? Tenho a humildade de um pescador, que persevera quando há peixe e quando há nada?
Animados pelo Espírito, tenhamos a coragem dos discípulos que deixaram as redes e digamos sim ao convite que Ele nos faz hoje.
João Gustavo H. M. Fonseca, Família Verbum Dei de Belo Horizonte