Eu vim para que as ovelhas tenham vida em abundância (Jo 10, 1-10)
12 de maio de 2014Amai-vos uns aos outros (Jo 15, 9-17)
14 de maio de 2014Jo 10, 22-30
Celebrava-se, em Jerusalém, a festa da Dedicação do Templo. Era inverno. Jesus passeava pelo Templo, no pórtico de Salomão. Os judeus rodeavam-no e disseram: ‘Até quando nos deixarás em dúvida? Se tu és o Messias, dize-nos abertamente.’ Jesus respondeu: ‘Já vo-lo disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim; vós, porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão. Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um.’
A festa da Dedicação celebrava a purificação e nova consagração do altar. Dizem os estudiosos que essa festa foi lembrada pelo narrador do texto, provavelmente, porque era uma festa que trazia a esperança no messias e na libertação que ele traria. O que era um sentimento latente nos contemporâneos de Jesus, que insistiam para que ele se assumisse abertamente como o messias.
E por que Jesus não o fazia? Acho que por causa da ambiguidade do termo, que poderia ser entendido em uma perspectiva de realeza temporal. Jesus primeiro se empenha em purificar a concepção messiânica dos discípulos.
Jesus era o Messias no sentido de ser o enviado do Pai. Não se trata de glória temporal, mas da raiz da nossa fé: Jesus morreu, ressuscitou e caminha conosco!
As obras de Jesus revelam o poder de Deus colocado a serviço dos mais necessitados. Aqueles que não se deixam convencer é porque são ovelhas estranhas ao rebanho. As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem.
Na meditação, eu experimento muito conforto quando Jesus diz que ninguém arranca as ovelhas da mão Dele. Se me coloco e coloco toda a minha vida nas mãos do Pai, nada me arranca de lá! Das mãos do Pai não escapa!
E experimentar esse conforto exige atitude interna e externa. É fazer tudo que está ao meu alcance e parar de brigar com a realidade quando não houver mais nada que eu possa fazer. Trata-se de dividir responsabilidades. Assumir as minhas, explicitar as dos outros e entregar as de Deus. E quando entrego de verdade, os frutos são paz e tranquilidade! Sentimentos que o Pai mesmo guarda pra mim. Ninguém tira das mãos do Pai!
Que na leitura orante de hoje possamos ir atrás dessa paz! Essa que convive com problemas e que está acessível a todos que buscam, como Jesus, ser um com o Pai.
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte – MG