Jesus exulta no Espírito Santo
5 de dezembro de 2017Na areia ou na rocha?
7 de dezembro de 2017Evangelho: Mateus 15, 29-37
“Jesus saiu dali e foi até o lago da Galileia. Depois subiu um monte e sentou-se ali. E foram até Jesus grandes multidões levando coxos, aleijados, cegos, mudos e muitos outros doentes, que eram colocados aos seus pés. E ele curou todos. O povo ficou admirado quando viu que os mudos falavam, os aleijados estavam curados, os coxos andavam e os cegos enxergavam. E todo o povo louvou ao Deus de Israel.
Jesus chamou os seus discípulos e disse:
— Estou com pena dessa gente porque já faz três dias que eles estão comigo e não têm nada para comer. Não quero mandá-los embora com fome, pois poderiam cair de fraqueza pelo caminho.
Os discípulos perguntaram:
— Como vamos encontrar, neste lugar deserto, comida que dê para toda essa gente?
— Quantos pães vocês têm? — perguntou Jesus.
— Sete pães e alguns peixinhos! — responderam eles.
Aí Jesus mandou o povo sentar-se no chão. Depois pegou os sete pães e os peixes e deu graças a Deus. Então os partiu e os entregou aos discípulos, e eles os distribuíram ao povo. Todos comeram e ficaram satisfeitos; e os discípulos ainda encheram sete cestos com os pedaços que sobraram.”
Reflexão:
Na oração de hoje, vamos pedir ao Pai por Jesus o dom da gratidão e da vigilância cuidadosa.
A primeira leitura (Is 25, 6-10a) apresenta-nos uma bela imagem do banquete messiânico – “Nele haverá as melhores comidas e os vinhos mais finos. E ali ele acabará com a nuvem de tristeza e de choro que cobre todas as nações.” Os que experimentam essa ação de Deus proclamam: “Ele é o Senhor, e nós confiamos nele.”
No Evangelho, Jesus faz muitos sinais que restaura a vida das pessoas. “O povo ficou admirado quando viu que os mudos falavam, os aleijados estavam curados, os coxos andavam e os cegos enxergavam.” Neste momento, dialogar com Ele, fazer memória da própria vida:
– Quais os sinais o Senhor tem feito em mim e ao meu redor, gerando mais vida?
– Tenho sido capaz de perceber e reconhecer as restaurações que Ele opera?
Deixar que surja no coração o louvor que surgiu no coração do povo.
O povo celebra a vida, mas Jesus percebe nele a necessidade que vai além, a fome e a fragilidade. “Não quero mandá-los embora com fome, pois poderiam cair de fraqueza pelo caminho.”
– Senhor, o que Você percebe em mim? Como me vê? Como vê nossa comunidade? E nosso povo?
O banquete que Jesus, como o Messias, prepara é dando a Si mesmo, Sua própria vida, Seu Corpo e Sangue. Assim sacia o povo. Mas pede que coloquemos o que temos.
– O que são meus/nossos pães e peixinhos que somos convocados a colocar hoje?
No Advento, celebramos a vinda do Messias, Desse que dá a si mesmo e satisfaz. Nessa primeira semana, é-nos pedida a atitude da atenção vigilante. Como a tenho vivido? Em que ela me ajuda a perceber com gratidão os sinais de vida e a unir-me à entrega do Senhor nas “fomes” que vivencio e encontro?
Peçamos a Maria que nos leve da mão e nos ensine essa atitude que ela mesma praticou com esmero.
Tania Pulier, jornalista e teóloga, membro da CVX Cardoner e da Família Missionária Verbum Dei