XIII Domingo do Tempo Comum – Ano C
26 de junho de 2016Aquele que manda no vento e nas ondas (Mateus 8,23-27)
28 de junho de 2016Mt 8,18-22
Naquele tempo; vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: ‘Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás.’ Jesus lhe respondeu: ‘As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.’ Um outro dos discípulos disse a Jesus: ‘Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai.’ Mas Jesus lhe respondeu: ‘Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos.’
Oração:
Vamos nos colocar em posição confortável, fechar os olhos, aquietar a mente e deixar que o Espírito santo nos guie nesse momento de oração, de reflexão, sobre o que jesus tem pra nos dizer hoje.
Este trecho do evangelho segundo Mateus nos leva a refletir sobre o discipulado: Escolha coerente, total e radical. Não dá pra ser discípulo mais ou menos, discípulo pela metade.
O seguimento de jesus traz consigo uma série de implicações e exige de todos nós muito mais que o entusiasmo e boa vontade.
O início da passagem diz assim:” Naquele tempo, vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago “. E é esse o chamado que Ele nos faz nos tempos hoje também. Ele nos chama à uma vida nova.
-O que significa isso pra mim?
-O que é que Ele espera que eu mude na minha vida?
Lendo várias vezes, percebo que nos é apresentado dois exemplos de discípulos.
O primeiro, aquele discípulo entusiasmado, eufórico. E Jesus quer mostrar a ele que não é bem assim. Que o seguimento não é tão simples. Que não se pode tomar uma decisão apressada e pelas metades. Que para segui-lo supõe disposição de deixar muita coisa para trás, inclusive conforto, segurança, comodidade, costumes e até mesmo a própria cultura. Para o seguimento de Jesus temos que estar prontos para abraçar a pobreza e o despojamento.
Acho que todos nós já experimentamos momentos de discípulo eufórico, como por exemplo, quando chegamos de um retiro. Voltamos com este desejo de seguir Jesus aonde Ele for. Desejo de dar um passo a mais na caminhada que estamos levando, de ir além, levando a Boa Nova aqueles que necessitam.
Mas, o tempo vai passando, e experimento que essa euforia vai se esfriando, se não for alimentada diariamente pela prática da oração pois, seguir Jesus é viver segundo os valores do evangelho. É viver o amor, viver a prática do perdão. Seguir Jesus é não se apegar à coisas que para Deus não têm nenhuma importância.
O outro exemplo de discípulo é aquele que disse:” Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. É aquele que está sempre dando desculpas, adiando o momento de assumir o discipulado. Experimento muitas vezes também esta postura de deixar pra depois. Depois que as crianças crescerem… depois que me aposentar… depois daquela viagem… e por aí vai.
Sepultar os mortos seria isso: resolver todos os problemas primeiro. E isso nunca acontece porque problemas sempre teremos. E com isso, levamos nossa vida na omissão.
Quero hoje pedir perdão à Deus pelas vezes que deixei de ser uma cristã autêntica, coerente.
Por um lado, com entusiasmo mas, deixando de cumprir aquilo que proponho e por outro lado, sempre adiando aquilo que poderia fazer hoje.
À cada um (a) de nós, Deus apresenta uma missão específica: A missão de ser pai ou mãe, missionário(a), um profissional da área de saúde, etc. Enfim, cada um com sua vocação. Mas, todos têm um mesmo chamado: O chamado à vida.
Peço à Maria que me ensine a ser fiel ao chamado que Deus me faz.
Assim Seja!