
‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’
15 de março de 2025
Perdoai e sereis perdoados
17 de março de 2025
Orientações gerais para navegar na Palavra de Deus:
- Escolha um lugar apropriado para a oração e uma posição corporal que mais lhe ajude. Desligue o celular e cuide para não ser interrompido(a).
- A ambientação ajuda a rezar: disponha no espaço uma vela e a Bíblia.
- Pacifique-se através do silêncio interior e exterior. Para isso, ajuda respirar profundamente várias vezes, de maneira pausada. Talvez uma música ambiente bem baixinha ajude a criar um clima de oração. Faça o sinal da Cruz.
- Tome consciência de que você está acolhendo a presença de Deus como amigo; invoque sempre o Espírito Santo para que ele te conduza nos passos da Palavra.
- Permita que o evangelho de hoje ilumine o seu dia e provoque em você uma busca sincera e constante de Deus.
Leia o evangelho de Lucas 9,28-36
Leitura. O que diz o texto?
No percurso de nossa caminhada quaresmal, nos é proposta hoje a versão de Lucas para o relato da transfiguração de Jesus. Ele está concluindo o seu ministério na Galiléia e daqui a pouco vai tomar a “firme decisão de subir para Jerusalém” (Lc 9,51). Mas antes, faz uma experiência com os discípulos, na intenção de abrir-lhes corações e mentes para a sua missão até agora incompreendida por eles. Poucos dias antes Jesus havia anunciado a sua paixão e declarado as condições para segui-lo (Lc 9,22-23) e talvez eles estivessem com muitas dúvidas e inquietações sobre essas palavras. Hoje, com essa experiência da transfiguração, Jesus antecipa a glória da ressurreição, que começará a ser compreendida pelos discípulos somente depois da Páscoa.
Meditação. O que Deus nos diz através desse texto?
Na tradição bíblica, a montanha é o lugar de encontro com Deus (Ex 24,12). O texto de hoje possui todos os elementos das teofanias (manifestações de Deus) contidos na tradição da Bíblia: luz, nuvem, sombra, voz. Para lá Jesus nos leva, como discípulos e discípulas dele. O objetivo é orar. Durante a oração, acontece uma experiência reveladora de Jesus, mas os discípulos estão dormindo, entorpecidos pelas preocupações com seus destinos (v.32). Moisés e Elias, representando a antiga Lei e os Profetas, falam do “êxodo” de Jesus, sua subida que vai culminar em Jerusalém. É o cumprimento da nova Aliança e o destino final de todos os profetas perseguidos. Na cruz Jesus vai tornar possível a libertação definitiva do Povo de Deus.
Oração. O que o texto me faz dizer a Deus?
“Este é o meu Filho Amado”. Esta mesma voz do Pai foi ouvida quando Jesus mergulhou nas águas do Jordão e foi batizado. Hoje o Pai reafirma seu amor incondicional ao Filho e a nós, que fomos mergulhados na vida do Filho. “Escutai-o”. Coloco-me em atitude de escuta orante e deixo a sua Palavra ressoar em meu coração.
Contemplação. O que o texto faz em mim?
Coloquemo-nos na cena do Evangelho. Imagine-se levado ao monte da Transfiguração e ali se sinta apoiado pela voz do Pai que também chama você de “Filho amado”, “Filha amada”. A experiência de transformar-se por dentro, transfigurar-se, nos leva a assumir nossa condição de batizadas(os), porque “banhados em Cristo somos novas criaturas” (2Cor 5,17) transfiguradas pela luz da ressurreição.
O que o texto me sugere a viver?
Transfiguração significa mudar a figura. Nesta Quaresma, vamos transfigurar tantas pessoas desfiguradas pelo sofrimento e pela dor, estendendo nossa mão a quem precisa. E também, de modo integral, praticar ações que ajudem a transfigurar o nosso planeta, Casa comum, tão desfigurado pela destruição. Conheça a proposta da Campanha da Fraternidade 2025.
Diác. Glêvison Felipe Lourenço de Sousa*
*Diácono permanente da Arquidiocese de Belo Horizonte, MG. Pós-graduado em Sagrada Escritura pelo Claretiano – Centro Universitário. Membro da Coordenação Colegiada Arquidiocesana da Pastoral Carcerária. Colaborador e residente na Paróquia São José – Vespasiano MG, Brasil.