Sim, eu quero! (Mt 8,1-4)
29 de junho de 2018Fé! (Mt 8, 5-17)
30 de junho de 2018Evangelho – Mt 8,5-17
Quando Jesus entrou na cidade de Cafarnaum, um oficial romano foi encontrar-se com ele e pediu que curasse o seu empregado. Ele disse:
_ Senhor, o meu empregado está na minha casa, tão doente, que não pode nem se mexer na cama. Ele está sofrendo demais.
_ Eu vou lá curá-lo! _ disse Jesus.
O oficial romano respondeu:
_ Não, senhor! Eu não mereço que o senhor entre na minha casa. Dê somente uma ordem, e o meu empregado ficará bom. Eu também estou debaixo da autoridade de oficiais superiores e tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Digo para um: “Vá já, e ele vai. Digo para outro: “Venha cá” e ele vem. E digo também para o meu empregado: “Faça isto”, e ele faz.
Quando Jesus ouviu isso, ficou muito admirado e disse aos que o seguiam:
_ Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca vi tanta fé, nem mesmo entre o povo de Israel! E digo a vocês que muita gente vai chegar do Leste e do Oeste e se sentar à mesa no Reino do Céu com Abraão, Isaque e Jacó. Mas as pessoas que deviam estar no Reino serão jogadas fora, na escuridão. Ali vão chorar e ranger os dentes de desespero.
E Jesus disse ao oficial:
_ Vá para casa, pois será feito como você crê. E naquele momento o empregado do oficial romano ficou curado.
Jesus foi à casa de Pedro e viu a sogra dele de cama, com febre. Jesus tocou na mão dela, e a febre saiu dela. Então ela se levantou e começou a cuidar dele.
Depois do pôr do sol, o povo levou até Jesus muitas pessoas que estavam dominadas por demônios. E ele, apenas com uma palavra, expulsava os espíritos maus e curava todas as pessoas que estavam doentes. Jesus fez isso para cumprir o que o profeta Isaías tinha dito:
“ Ele levou as nossas doenças e carregou as nossas enfermidades.”
Reflexão:
Bom dia, Santíssima Trindade! Dai-nos fé para vivermos todas as alegrias, desafios e adversidades com coragem e confiança. Crer que Você não nos abandona e toma todas as nossas dores, aliviando-nos a caminhada.
Queridos irmãos e irmãs abramos nossos corações para acolher a Palavra de Deus, meditá-la e torná-la viva a partir dos nossos pensamentos, palavras e ações.
A liturgia de hoje nos fala da cura que Jesus concede ao empregado do oficial romano, da sogra de Pedro e de outras pessoas que estavam tomadas por espíritos maus.
Cristo carregou todas as nossas enfermidades! Como nosso amigo João Batista bem lembrou em sua reflexão de ontem, a profissão de fé é a oração que rezamos antes de receber o corpo e o sangue de Cristo na Eucaristia. No ápice da celebração, recordamos momento importante no diálogo de Cristo com o centurião romano em que reconhece quão pequeno é ante a grandeza de Cristo. “Não, senhor! Eu não mereço que o senhor entre na minha casa. Dê somente uma ordem, e o meu empregado ficará bom.”
E, Jesus, surpreso com tamanha fé desse homem, concede a cura.
O que chama a atenção é a resposta de Jesus ao oficial: “Vá para casa, pois será feito como você crê.”
Cristo é capaz de curar toda e qualquer enfermidade, mas a cura depende, em especial, da fé de quem a solicita.
Como alcançar tamanha fé? Por que tantas vezes, em situações diversas, não nos sentimos curados, acolhidos por Cristo?
Outros dois aspectos interessantes que contribuem para a nossa reflexão, explicitados no início da passagem, diz que: o oficial romano foi encontrar-se com Jesus; e pediu que curasse o seu empregado. O centurião foi ao encontro de Jesus, buscou o diálogo. Podemos perceber aí uma aproximação, uma amizade que fortalece a confiança e a fé em Cristo. Além disso, o oficial não pede por ele, mas por seu empregado. Um gesto fraterno, reconhecendo a necessidade do outro.
Um exercício prático que pode nos ajudar a perceber como anda a nossa relação de amizade com Cristo é contar quantas vezes por dia ou por semana que percebemos a necessidade do outro. Além disso, pensar: quando e como ajudamos nosso(a) irmão(ã)?
No dia-a-dia, a linha entre deixar-nos tocar pela necessidade do outro ou por manter-nos focados nas nossas necessidades é muito tênue. Somos compelidos, de certa forma, a centrar-nos em nós mesmos. Cada dia mais, recebemos mensagens que falam sobre a urgência dos pais darem atenção aos filhos, de filhos darem atenção aos pais, deixando de lado o celular e outros equipamentos tecnológicos. Estamos distantes de pessoas que estão próximas.
Essa sensibilidade pelo outro só pode ser aprendida com o olhar e atenção amorosa de Cristo, que nos dirige o olhar, que centra a sua atenção, que ouve sem julgar, que acolhe e se prontifica em curar.
Na passagem, Cristo seguiu curando a sogra de Pedro e várias pessoas tomadas por maus espíritos. “Ele fez isso para cumprir o que o profeta Isaías tinha dito: Ele levou as nossas doenças e carregou as nossas enfermidades.”
Peçamos a Maria, mulher que aprendeu a sensibilidade de Cristo, que nos ensine, através da escuta da Palavra, da oração e do olhar voltado para Jesus, acolher os nossos irmãos nas suas necessidades. Ensina-nos a ter uma vida orante a fim de alcançar uma fé inabalável. Confiar N’aquele que carregou as nossas doenças e enfermidades”. Amém.
Norma Parreiras da Silva – Família Missionária Verbum Dei – Bh