“Ele não está aqui! Ressuscitou como havia dito!”
8 de abril de 2023Não tenhais medo…
10 de abril de 20239 de abril, Domingo da Páscoa
“…e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo”.
“Hoje é o dia que o Senhor fez para nós”, diz a liturgia da Páscoa do Senhor! Páscoa, que no hebraico significa passagem. E, para nós cristãos, é a passagem de Jesus da morte para a vida, a sua ressurreição. Portanto, é um dia da maior importância à nossa fé. Não encontramos o Ressuscitado no sepulcro, mas na vida. Não encontramos o Ressuscitado enfaixado e paralisado pela morte, mas livre como a brisa da vida. Não “vemos” a Ressurreição contemplando os restos da morte; só podemos contemplar o Ressuscitado no mistério da vida. Com o coração agradecido faça silêncio para acolher a Palavra.
Evangelho – Jo 20,1-9
Leitura: o que o texto diz?
Pedro chega e entra no túmulo. De Pedro é dito apenas que viu no chão os lençóis mortuários que haviam envolvido o corpo e a cabeça de Jesus. O outro Discípulo, o Amado de Jesus, apesar de chegar primeiro, entrou depois de Pedro na sepultura. Dele é dito apenas: “Ele viu e acreditou”. Para quem ama e crê, os sinais são suficientes. A vida – o Cristo, que é a Ressurreição -, é maior que a morte. Se o primeiro momento é de espanto pela perda do corpo, o segundo é de alegria pela confiança na ressurreição. A ressurreição nem sempre nos é apresentada com provas que podemos tocar. É um dado da Fé. É a essência da nossa Fé. A compreensão da Escritura suscita a verdadeira Fé no ressuscitado.
Meditação: o que o texto me diz?
A Ressurreição é Vida nova e vida nova é capacidade de amar como Jesus amou; é “passar pela vida fazendo o bem”. Somos seres ressuscitados se vivemos os mesmos critérios e valores de Jesus, engajados em seu mesmo projeto. Diz Pe. Adroaldo Palaoro SJ: “A “vivência pascal” leva a querer algo mais. A “pedra pesada” da nossa impotência diante da dor, do fracasso e da morte, foi tirada pelo Mestre, que, nos chama pelo “nome” e nos desafia a viver como ressuscitados. Deixemo-nos iluminar, levemos a Luz da Ressurreição nas nossas pobres e frágeis mãos, iluminando os recantos do nosso cotidiano. Pois vida é um contínuo despedir-se e partir; é inútil permanecer junto ao túmulo. Porque o ausente “aqui” está presente na “Galileia”.
Oração: o que o texto me faz dizer a Deus?
Fale com o Senhor sobre as dúvidas, o agradecimento, a esperança, a alegria, a perplexidade e os sentimentos que sente ao experienciar a sua Ressurreição e peça para que ele te ajude a viver sempre como ressuscitado. Peça ao Senhor que aumente sua Fé na ressurreição.
Contemplação: o que Deus, através do texto faz em mim?
“Então, o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, Viu e Creu”. Quem ama crê! O amor a Jesus nos faz afirmar que Ele vive e reina em nossos corações. É tempo de esvaziar sepulcros; é tempo de remover as pedras da entrada do seu coração que impedem a entrada da luz, da vida, da alegria. O que lhe impede de afastá-las? Quais são os sinais de ressurreição no seu interior e no cotidiano de sua vida?
Ação: que gestos concretos a Palavra de Deus me impulsiona a fazer?
Há muitas pedras na entrada do nosso coração, travando a vida (tristeza, fracasso, crise, trauma…); só a experiência de encontro com o Ressuscitado pode rolar estas pedras, integrando-as e dando um novo significado. Termine pedindo ao Senhor Ressuscitado que você possa seguir vivendo e experienciando a grande graça de amar a vida, trabalhando um mundo onde a vida sorria para todos indistintamente com justiça e paz.
Equipe do Lectionautas