“…o que Deus uniu, o homem não separe”
3 de outubro de 2021“Marta recebeu-o em sua casa, Maria escolheu a melhor parte”
5 de outubro de 202104/10/2021 (Segunda da 27ª semana do Tempo comum):
Lc 10, 25-37 “E quem é o meu próximo?”
Leitura: o que o texto diz?
“O que fazer para herdar a vida eterna?”, um fariseu pergunta a Jesus, o Senhor busca saber dele o que a Lei fala e como ele a interpreta, o fariseu, por sua vez, resume a Lei em dois mandamentos: amar a Deus e ao próximo, fazendo isso a vida eterna pode ser herdada. Para um coração inquieto saber disso não basta, “quem é o meu próximo?”, Jesus numa parábola magistral quer arrancar a resposta do próprio fariseu, que interpretou corretamente a história, afirmando que o próximo é aquele que agiu com misericórdia, o Senhor então lança a responsabilidade para ele: “Vai e faze o mesmo”. Notemos que o próximo não é apenas aquele que está semi-morto e necessitado de socorro, mas também e principalmente aquele que se enche de compaixão e vai em auxílio daquele que precisa.
Meditação: o que o texto me diz?
Relendo a passagem nos perguntemos o que ela quer nos transmitir, qual é o seu cerne. Nesse momento busque perceber quais inquietações o texto gera em seu coração, quais questionamentos ele faz surgir no seu interior.
Oração: o que o texto me faz dizer?
O Amor é a chave para que nos tornemos herdeiros da vida eterna. Peça a Deus a graça de um coração pleno de amor e misericórdia, um coração cheio de rahamim – amor de entranhas, compaixão profunda, que te faça sair da sua zona de conforto e te leve a rebaixar-se até o irmão, de inclinar-se sobre ele e cuidar de suas feridas, provendo todo o necessário para que ele tenha a saúde restaurada.
Contemplação: o que o texto faz em mim?
Após sermos questionados por essas perguntas, “O que devo fazer para herdar a vida eterna?”; “O que diz a Lei? Como a lês?”; “E quem é o meu próximo?”; “No teu parecer, qual dos três fez-se próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?”, deixemos que as respostas de Jesus adentrem no mais profundo do nosso coração e façam dele brotar esse amor de entranhas, essa compaixão que se condói com a necessidade do próximo. Leia mais uma vez o Evangelho e permita-se beber de toda a história, escutando o Mestre.
Ação: o que o texto me leva a fazer?
Quantas vezes nós passamos ao largo do nosso irmão necessitado? Quantas vezes deixamos de nos fazer próximos daqueles que necessitam de nosso auxílio para sobreviver? As necessidades são inúmeras, físicas, psíquicas, espirituais. Um pobre que precisa de comida, um doente que necessita de cuidado, um triste que precisa de consolo e atenção, e nós? O que faremos? O Senhor nos diz que o sacerdote e o levita “viram” o irmão necessitado e passaram ao largo, mas o samaritano “chega perto dele e, ao vê-lo, move-se de compaixão”, ambos o viram, mas só um “moveu-se de compaixão”, só um foi o próximo, só um se tornou digno de herdar a vida eterna, cabe também a nós sermos os bons samaritanos da humanidade.
Ir. Luis Henrique Albuquerque Moreira, INJ. Membro do Instituto Religioso Nova Jerusalém e graduando em pedagogia pela Universidade Federal do Ceará (UFC).