“Levanta-te e fica aqui no meio!”
21 de janeiro de 2015“E foram até ele”
23 de janeiro de 2015Leitura: Marcos 3,7-12
Naquele tempo, Jesus se retirou para a beira do mar, junto com seus discípulos. Muita gente da Galiléia o seguia. E também muita gente da Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia, foi até Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele fazia. Então Jesus pediu aos discípulos que lhe providenciassem uma barca, por causa da multidão, para que não o comprimisse. Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para tocá-lo. Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando: ‘Tu és o Filho de Deus!’ Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era.
Oração:
O evangelho de hoje traz dois encontros de Jesus. Em primeiro plano, Jesus comprimido pela multidão, tal o número dos que O seguiam. Diz-se que se jogavam sobre Ele; queriam tocá-Lo. Encostar e curar-se. Percorriam um longo caminho, livravam-se do mal, voltavam para casa. Em segundo plano, um grupo de espíritos maus, que aos seus pés gritava a sua identidade.
Nossa oração de hoje pode ser um olhar com demora para esses dois encontros.
Olhar com pesar para toda vez que eu faço o caminho da multidão que se desloca tanto, toca o Senhor e volta para casa, embora curada, sem conhecer Quem foi tocado. Pedir que nossa caminhada de fé nos conduza sempre a um encontro permanente, cuja profundidade, além de aumentar a beleza da vida por fora, contagie o interior, dando consciência de Quem é aquele que seguimos, que nos cura e nos fala.
Ter a consciência de que o mal reconhece o bem. Os maus sabem quem é bom. Não viver a ingenuidade de pensar que só o mal é notado. Ao contrário, viver com a esperteza de quem sabe que o bem é ativo, eminente e, tantas vezes, incômodo. Nem sempre os bons reconhecem o bem, mas os maus sempre o reconhecem, pois o bem atrapalha os planos ruins, as ações maldosas e desonestas.
Que nossa fé nos impulsione não apenas a sair de nossas terras e percorrer um longo caminho para tocá-Lo. Que seja a fé de quem sobe na barca e segue adiante, tendo ouvido, mas também por si só constatado, que Ele é o Filho.
João Gustavo H. M. Fonseca, estudante de Direito da UFMG, membro da Família Verbum Dei de Belo Horizonte