Falar as palavras de Deus – João 3,31-36
1 de maio de 2014Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces? (Jo 14, 6-14)
3 de maio de 2014Jo 6, 1-15
Naquele tempo, Jesus foi para o outro lado do mar da Galiléia, também chamado de Tiberíades. Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: ‘Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?’ Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. Filipe respondeu: ‘Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um’. Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?’ Jesus disse: ‘Fazei sentar as pessoas’. Havia muita relva naquele lugar,e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: ‘Recolhei os pedaços que sobraram,para que nada se perca!’ Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: ‘Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo’. Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.
Venha Espírito Santo! Faça com que essa oração seja um verdadeiro diálogo com o Pai e com Jesus. Sem você não podemos…
Diz a passagem que uma multidão seguia Jesus porque via os milagres que Ele fazia. E eu? Estou seguindo? Por quê?
Talvez a minha relação com Deus já tenha se aprimorado e pode ser que eu hoje o siga por Amor. Pode ser que eu esteja seguindo Jesus porque só Ele tem palavras de vida eterna (Jo 6,68). Mas pode ser que neste momento eu tenha uma necessidade, um problema, uma tristeza, uma dificuldade… Pode ser ainda que eu esteja sensível a uma dificuldade alheia, de outra pessoa, próxima ou não.
E como fez com Filipe, Jesus nos interpela hoje: Onde vamos comprar pão para que eles possam comer? O que você pretende fazer com relação a esta situação que lhe angustia? Quais são suas opções? Quais são seus sentimentos? Quais são seus planos? Jesus dá a Filipe a chance de se manifestar, de agir. Quer ver Filipe crescer, amadurecer. Eu muitas vezes faço tudo, resolvo tudo e não deixo o outro se desenvolver. Muitas vezes é mais fácil fazer do que fazer fazer.
Jesus motiva a ação dos discípulos. Não simplesmente joga os problemas em cima deles, mas os faz participar das soluções. E daí deixa surgir inseguranças – Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um. Deixa surgir também boas ideias – Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. E de novo a insegurança – Mas o que é isso para tanta gente? Jesus recolhe todos os sentimentos e os faz agir – Fazei sentar as pessoas.
E depois do milagre, depois que todos ficaram saciados, a multidão conclui que Jesus era o verdadeiro profeta e queriam proclamá-lo Rei. Talvez fosse essa a forma que viam de fazer permanecer a solução rápida e aparentemente mágica dos problemas, como havia acontecido com a multiplicação dos pães. Ao perceber que o povo havia interpretado mal o milagre, Jesus retira-se, não apoia o facilismo.
E hoje, o que Jesus espera de nós nesta oração? E nós, o que esperamos dele? A companhia e o diálogo ou o milagre? O espetáculo ou a fé?
Pollyanna Vieira – Família Missionária Verbum Dei – Belo Horizonte – MG